Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2022
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta-feira (4), autorização para ouvir a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) antes de decidir se abre ou não um inquérito contra a parlamentar.
Carla Zambelli perseguiu um homem negro junto com seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno. A deputada sacou a arma e correu atrás do jornalista Luan Araújo até um restaurante da região.
A PGR também quer uma cópia da investigação aberta em São Paulo. O objetivo das medidas, segundo o órgão, é o “completo esclarecimento dos fatos”.
“Com o escopo de averiguar preliminarmente as circunstâncias fáticas que envolvem autoridade com prerrogativa de foro perante o egrégio Supremo Tribunal Federal, urge sejam adotadas diligências investigativas para o completo esclarecimento dos fatos”, argumenta a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo.
A manifestação foi enviada ao STF por ordem do ministro Gilmar Mendes. Ele é relator de uma notícia-crime do PT que atribui a Carla Zambelli crime eleitoral, tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo e perigo para a vida ou saúde de outrem.
Viagem aos EUA
Após ter perfil suspenso nas redes sociais, a deputada federal reeleita Carla Zambelli anunciou, na quinta-feira, que viajou aos Estados Unidos para cumprir “agendas pessoais”. De acordo com a parlamentar, contudo, ela irá aproveitar a viagem para “estudar meios” de garantir a liberdade de expressão no Brasil.
“Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras”, disse Zambelli, em nota divulgada à imprensa. “Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, detalhou.
A saída da parlamentar do País foi anunciada pelo deputado federal André Janones (Avante-MG) pelo Twitter. No entanto, ao jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria havia falado que Zambelli estava cumprindo agenda em São Paulo.
Em nota, a parlamentar afirmou estar “no meio desse movimento de contenção, repressão e ataque à Liberdade”. “É através das minhas redes sociais que reporto eventos, faço questionamentos, trago conhecimento informativo e divulgo minha agenda”, disse.
A deputada teve as contas suspensas no YouTube, Twitter, Facebook, LinkedIn, TikTok e Instagram na terça-feira (1º) por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na segunda-feira, 31, a parlamentar publicou no Twitter uma mensagem aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que fecharam estradas federais em protesto contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo, 30. “Parabéns, caminhoneiros. Permaneçam, não esmoreça”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.