Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2023
Três dos seis pedidos abertos nesta segunda-feira vão apurar, ao mesmo tempo, as condutas de três grupos de envolvidos nos atos
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebon/Agência BrasilO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (23) a abertura de mais seis inquéritos para investigar a conduta de manifestantes radicais envolvidos nos atos extremistas do último dia 8 de janeiro. As decisões atendem a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao todo, já há sete inquéritos abertos no STF para apurar os atos golpistas. Entre estes, seis tramitam em sigilo.
Três dos seis pedidos abertos nesta segunda-feira vão apurar, ao mesmo tempo, as condutas de três grupos de envolvidos nos atos:
Outros três inquéritos foram instaurados para apurar, individualmente, as condutas de três deputados supostamente envolvidos na convocação dos golpistas .
Em tramitação
Além dos inquéritos autorizados nesta segunda, havia um já em tramitação: o que apura as condutas do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e da cúpula da segurança pública do DF no dia dos atos. Naquela decisão, Moraes afirmou que o “descaso e conivência” de Anderson Torres e do ex-comandante-geral da PM “só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do DF, Ibaneis Rocha“.
Nos pedidos apresentados e assinados pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, há menção a um total de sete crimes:
“Na data de 8 de janeiro de 2023, uma turba violenta e antidemocrática, insatisfeita com o resultado do pleito eleitoral de 2022, almejando a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição do governo legitimamente constituído, avançou contra a sede dos três Poderes da República, exigindo célere e enérgica resposta estatal”, descreve a PGR no início do pedido de inquérito.
“A escalada da violência ganhou contornos incompatíveis com o Estado de Direito, resultado na invasão e enorme depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal”, prossegue.
No último dia 13, o ministro Alexandre de Moraes já tinha determinado a abertura de um inquérito sobre o caso – este, voltado especificamente para as condutas de autoridades como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (hoje afastado do cargo) e o então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres (demitido e preso).