Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2015
A inflação em 2015 não atingirá os dois dígitos, segundo recente projeção do governo Dilma Rousseff. Para a equipe econômica, a alta média de preços no Brasil deve ficar em 9,99%. A projeção está no relatório de despesas e receitas divulgado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Além de elevar a projeção de inflação (que estava em 9,29% no último relatório, divulgado há dois meses), o governo também reduziu a expectativa com o PIB (Produto Interno Bruto). A recessão ficaria em 3,1%. O governo previa contração de 2,4%. Os números estão próximos dos do setor privado, embora os analistas estejam prevendo que inflação supere os 10% até o fim de dezembro.
Meta fiscal
Com a piora na recessão, a queda na arrecadação e as dificuldades enfrentadas pelo governo para fazer passar medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional, a equipe econômica decidiu, em outubro, enviar aos parlamentares uma nova meta fiscal. O governo prevê um déficit fiscal de 51,8 bilhões de reais neste ano, que pode chegar a 119,9 bilhões de reais, caso seja forçado a pagar, de uma só vez, todas as “pedaladas fiscais” devidas aos bancos públicos e ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). No total, o “buraco” equivale a 2% do PIB nacional.
Esse ponto, por outro lado, escancara a dramática disputa política que o governo enfrentará no Congresso. O relatório apresentado conta com a projeção de déficit fiscal. No entanto, o rombo ainda não foi autorizado pelos congressistas. Com isso, a meta fiscal ainda em vigor é a de um superávit equivalente a 1,1% do PIB. (AE)
