Brasil Governo prevê arrecadar menos e gastar mais
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2015
O aprofundamento da recessão econômica obrigou o governo federal a reduzir, mais uma vez, suas projeções de arrecadação para 2015. O relatório de avaliação fiscal do 5 bimestre informou que a estimativa para receita primária total do ano caiu para 1,26 trilhão de reais. O número é 57,9 bilhões de reais menor que o previsto no 4 bimestre. Já no ano, a frustração chega a nada menos que 111,4 bilhões de reais.
As despesas, por outro lado, subiram. Os gastos ficarão em 1,108 trilhão de reais em 2015, o que representa um aumento de 2,77 bilhões de reais sobre a projeção anterior. No acumulado do ano, a alta nos gastos será de 5,53 bilhões de reais. Na revisão das contas, o déficit da Previdência Social subiu de 82,18 bilhões de reais para 86,38 bilhões de reais, em decorrência da queda na arrecadação da contribuição previdenciária e do aumento dos gastos com benefícios.
O documento também reviu as estimativas para o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação. O governo espera que a economia feche o ano com uma retração de 3,1%. Já a alta dos preços foi estimada em 9,99%, contra 9,29% no relatório do 4 bimestre.
A equipe econômica previu que o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechará o ano com um déficit de 51,8 bilhões de reais, ou 0,9% do PIB.
O documento não prevê o pagamento das pedaladas (atrasos nos repasses do Tesouro para bancos públicos), estimadas em 57 bilhões de reais. O déficit poderá chegar a 119,9 bilhões de reais, caso haja uma frustração de 11,1 bilhões de reais com leilões de concessão de usinas hidrelétricas que não renovaram contratos em 2012, e caso o governo pague todas as pedaladas fiscais. (AG)
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