Mundo Geleira na Groenlândia derrete e pode elevar o nível do mar em meio metro
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2015
Uma importante geleira no Noroeste da Groenlândia está derretendo rapidamente no oceano Atlântico, alertaram especialistas. Segundo eles, o degelo do bloco elevará em meio metro o nível do mar.
A geleira, conhecida como Zachariae Isstrom, “entrou em uma fase de derretimento acelerado em 2012”, quando triplicou o ritmo de seu degelo. Agora, perde massa em um ritmo de 5 bilhões de toneladas por ano, conforme um estudo publicado na revista científica Science.
“A forma e a dinâmica do Zachariae Isstrom mudou drasticamente nos últimos anos”, declarou o principal autor do levantamento sobre o tema, Jeremie Mouginot, pesquisador-assistente do departamento de geofísica da UCI (Universidade da Califórnia em Irvine). A geleira está liberando “grandes quantidades de icebergs no oceano, que ao derreter resultarão na elevação do nível do mar nas próximas décadas”, acrescentou.
Descoberta
A descoberta baseou-se em 40 anos de dados via satélite, provenientes de agências espaciais, assim como o de controle aéreo da forma, tamanho e posição da geleira ao longo do tempo. A água quente do oceano está erodindo a geleira de baixo para cima. Já o aumento da temperatura do ar começou a provocar o degelo do bloco de cima para baixo.
“A superfície da geleira está derretendo como resultado de décadas de aumento continuado da temperatura do ar, enquanto sua parte inferior se vê comprometida por correntes de água quente”, explicou Eric Rignot, um dos responsáveis pelo estudo e também professor de geofísica na UCI.
A pesquisa foi divulgada duas semanas antes da conferência internacional sobre o clima em Paris (França), a COP-21, que começa no dia 30 e onde se buscará fechar um acordo para limitar as emissões de gases de efeito estufa potencialmente catastróficos para o planeta.
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da China, Xi Jingping; e da Rússia, Vladimir Putin, estarão entre os 138 líderes que assistirão à cúpula de Paris. Depois dos atentados terroristas de 13 de novembro na capital francesa, que deixaram ao menos 130 mortos e mais de 350 feridos, a segurança foi reforçada.
