Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2023
Dois meses antes de morrer, Tina Turner fez alerta aos fãs em suas redes sociais sobre a importância de cuidar dos rins e disse que acabou “se colocando em perigo” ao negligenciar a doença. A cantora acabou tendo uma rotina vitalícia com medicamentos para cuidar disso.
“Hoje é o Dia Internacional do Rim. Por que é importante? Porque os rins falham sem dor. E é por isso que estou dizendo a você hoje: mostre amor aos seus rins! Eles merecem. Os meus foram vítimas de eu não perceber que minha pressão alta deveria ter sido tratada com medicamentos convencionais. Eu me coloquei em grande perigo ao me recusar a enfrentar a realidade de que preciso de terapia diária e vitalícia com medicamentos”, disse ela.
A cantora morreu aos 83 anos, de causas naturais, em sua casa em Küsnach, na Suíça. Entretanto, na postagem feita há pouco mais de dois meses antes de morrer, a Turner destacou que os rins dela foram “vítimas” do comportamento relapso relativo à pressão alta.
A rainha do rock n’ roll teve um longo histórico de problemas de saúde: estresse pós-traumático, derrame, câncer de intestino, hipertensão e insuficiência renal, que a fez precisar de um transplante de rim, em 2017.
Antes da cirurgia, ela chegou a fazer sessões diárias de diálise para tentar manejar seus problemas renais — os órgãos estavam funcionando apenas com 20% de sua capacidade. Mas ela acabou precisando do novo rim, que foi doado por seu marido Erwin Bach.
Documentário
Tina Turner já havia se despedido da vida pública em 2021, quando lançou o documentário Tina. A produção é da HBO Max e traz relatos inéditos dos últimos anos de vida da estrela do rock e o ato final da vida artística.
Logo na abertura do documentário, o sorriso fácil de Tina contrasta com uma expressão que resume sua trajetória. “Não foi uma vida boa”, declarou a cantora. Ao longo do documentário, a cantora traz outros relatos tristes, como a vez que tentou o suicídio em 1968, quando tomou 50 pílulas para dormir. “Eu não estava interessada em contar aquela história ridiculamente embaraçosa da minha vida. Mas eu senti que essa era uma maneira de tirar os jornalistas do meu pé”, pontuou.
Em outro momento, Tina conta sobre episódios traumáticos que resultaram em sequelas causadas pelos espancamentos e pela violência psicológica e sexual que sofreu quando era casado com Ike Turner. Ao longo dos últimos anos, a cantora enfrentou problemas de saúde como câncer, problema nos rins, pressão alta, problemas nos joelhos e até um derrame — além de ter lutado contra a depressão.
Além de extensos relatos da cantora, o documentário também traz depoimentos de pessoas próximas, como o da atriz Angela Bassett (que interpretou Tina em sua cinebiografia, em 1993) e da apresentadora Oprah Winfrey. “Para mim a maior revelação é ela ter sofrido com transtorno de estresse pós-traumático. E isso foi tão inesperado que mudou fundamentalmente nossa abordagem do filme inteiro”, disse o co-diretor T.J. Martin.