Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2023
Declaração do magistrado foi feita na noite de quarta-feira (12), durante atividade do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes, em Brasília
Foto: ReproduçãoO STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou nesta quinta-feira (13) que o ministro Luís Roberto Barroso se referia ao “voto popular” quando disse “nós derrotamos o bolsonarismo”, e não “à atuação de qualquer instituição”.
A informação foi divulgada pela assessoria da Corte. “Como se extrai claramente do contexto da fala do Ministro Barroso, a frase ‘Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo’ referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”, disse o órgão.
A declaração do magistrado sobre o bolsonarismo foi feita na noite de quarta-feira (12), durante atividade do 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Brasília.
“Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e discordância porque essa é a democracia que nós conquistamos”, afirmou, na ocasião. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
A atividade em que Barroso participou ocorreu logo depois da abertura do Congresso, em uma mesa com o nome “Em defesa da democracia: o enfrentamento ao autoritarismo e ao discurso de ódio no Brasil”.
Também participaram o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o deputado Orlando Silva (PC do B). Uma ala dos estudantes presentes no Congresso vaiou as falas de Dino e de Barroso no Congresso.
Segundo a nota da assessoria do Supremo, “as vaias — que fazem parte da democracia — vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da UNE”.
Esse grupo de estudantes levou uma faixa com a frase “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”. O ministro do STF fez menção ao piso da enfermagem, durante seu discurso.
Sobre o tema, o magistrado disse: “Fui eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro. Não tenho medo de vaia, porque temos um país para construir.”
Em setembro do ano passado, o ministro suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem aprovado pelo Congresso Nacional por falta de detalhamento das fontes de custeio.
Após o governo federal liberar mais de R$ 7 bilhões para estados e municípios pagarem os valores, Barroso revogou a suspensão. As decisões para suspender e para liberar o pagamento do piso foram confirmadas pela maioria do plenário do STF.