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Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2015
O PIB (Produto Interno Bruto) teve queda de 3,2% de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2014. É a maior redução para o período desde o início da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 1996.
Os dados divulgados nessa terça-feira indicaram que, em 2015, a maior diminuição foi registrada em Formação Bruta de Capital Fixo, com -12,7%; seguida pela indústria, com -5,6%; e serviços, com -2,1%. O único setor avaliado que fixou crescimento na fase foi a agropecuária, com 2,1%.
Houve redução de 0,3% no consumo das famílias e de 0,4% na despesa do governo. No setor externo, as importações de bens e serviços recuaram 12,4%, segundo o IBGE, reflexo da valorização do dólar sobre o real. Porém, as exportações de bens e serviços subiram 4%.
Para a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Cláudia Dionísio, uma conjunção de fatores vem afetando o desempenho da economia brasileira, que fechou o terceiro trimestre do ano com taxa negativa de 1,7% em comparação ao anterior.
A técnica observou que existe deterioração do quadro de emprego e renda, a alta das taxas de juros (o que dificulta o acesso ao crédito e afeta o consumo e os investimentos), taxas de câmbios desvalorizadas, inflação alta e crédito em queda, itens que agravam o cenário.
Com a retração de 1,7% do segundo para o terceiro trimestre, o PIB bateu em 1,4 trilhão de reais. A taxa de investimento no terceiro trimestre foi 18,1% do PIB, menor em relação à do mesmo período de 2014, quando marcou 20,2%. (EBC)