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Brasil Banqueiro preso acostumado a frequentar os mais caros restaurantes de Nova York, Paris e Londres pode ficar só no feijão com arroz, sem carne, peixe ou frango

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Ex-CEO do banco de investimentos BTG-Pactual gasta as horas estudando o inquérito que o levou à cadeia. Crédito: Reprodução

A chegada do banqueiro André Esteves à Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8, no Rio, alcançou a unidade em clima de ebulição. Manifesto assinado pelos presos reclama da decisão que revogou em novembro o benefício de manter as celas abertas durante o dia. Esteves, transferido recentemente de cela individual para coletiva, onde divide 12 metros quadrados com outros cinco presos, só não fica trancado quando cumpre as duas horas diárias de banho de sol ou recebe visita de parentes e advogados.

O rumor de que, com dois dias de Bangu 8, teria comido bacalhau levado pela mulher, tornou a vida do banqueiro mais espinhosa. Com medo da acusação de dar regalias ao preso VIP, o titular da Seap (Secretaria estadual de Administração Penitenciária), coronel Erir Ribeiro Costa Filho, pesou a mão. Mandou um barbeiro passar a máquina 2 nos cabelos de Esteves, medida incomum ao protocolo da unidade, e até agora não respondeu ao pedido do preso para trabalhar no presídio.

Os advogados alegam que Esteves quer trabalho para “ocupar o tempo”, mas Costa Filho sustenta que não há vagas. “Existem outros internos na frente dele esperando a vaga de trabalho e o diretor dará prioridade para a fila existente”, alega. Enquanto espera, o ex-CEO do banco de investimentos BTG-Pactual gasta as horas trancafiado estudando o inquérito que o levou à cadeia por participar de uma trama para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato da PF (Polícia Federal).

Sem bacalhau.

A Seap e os advogados de Esteves negam o bacalhau. Garantem que as duas refeições diárias do banqueiro, servidas às 11h30min e às 17h, são as mesmas dos demais 135 presos de Bangu 8: arroz, feijão, macarrão e uma proteína, acompanhada de um copo de guaraná. Como o governo do Rio está atrasando o pagamento da fornecedora de quentinhas, a proteína geralmente tem variado entre salsicha, moela de frango, polenta e almôndegas. Ao entrar na unidade, dia 26 de novembro, Esteves recebeu um colchão e um lençol, uma caneta, um copo e um prato de plástico. Como a unidade não oferece talheres, ele teve de improvisar um para comer. Além de almoço e jantar, tem direito ao café servido às 8h. A família foi autorizada ainda a levar lençol da cor branca, padrão da unidade, podendo trocá-lo quando estiver sujo.

O banho de sol no pátio da unidade vai das 9h às 11h30min. Bangu 8 tem uma quadra esportiva que só pode ser utilizada com a autorização prévia da direção. Os guardas garantem que, além da papelada da Justiça, Esteves também se cercou de livros de Direito Constitucional e Tributário. Estudar o próprio caso, para orientar a defesa, é visto como direito de todo preso.

Por enquanto, só a mulher e a mãe estão autorizadas a visitá-lo, sempre às quartas e aos sábados. Mas o banqueiro aguarda autorização para também receber os filhos. Os advogados podem entrar diariamente, inclusive nos fins de semana, mas o contato é feito no parlatório, uma sala dividida por um vidro, onde os interlocutores se comunicam por interfone. Embora o advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, esteja na mesma unidade, Esteves o evita no banho de sol. Como os outros, o banqueiro usa uma camisa branca, bermuda e chinelo fornecidos pela Seap.

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