Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2015
As empresas aéreas brasileiras sofreram prejuízos de 1,5 bilhão de reais no primeiro semestre deste ano. Os dados são da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês), que apontou o Brasil como um dos países mais caros para se operar.
Os prejuízos no Brasil se contrastam com um resultado positivo no restante do mundo, com lucros líquidos de 33 bilhões de dólares, 4,6% acima de 2014. Conforme a organização, a crise no setor aéreo brasileiro gerou redução de capacidade e demissões. A previsão é de que a América Latina tenha o pior desempenho entre todos os continentes, com perdas de 300 milhões de dólares no ano. “O Brasil se transformou em um dos países mais caros para que as empresas do setor aéreo possam operar”, disse Tony Tyler, CEO da entidade. “O real perdeu mais de um terço de seu valor contra o dólar nos últimos 12 meses e as políticas impuseram custos pesados sobre a indústria”, apontou.
Nem a queda do preço do barril do petróleo de cerca de 40% tem sido sentido no Brasil, diante da queda do real. Para a associação, o governo precisa agir. “O País produz petróleo. Mas tem um dos combustíveis mais caros do mundo”, indicou Brian Pearce, economista-chefe da entidade. Segundo a associação, o modelo de preços no País não está alinhado com as práticas internacionais e impede a competitividade. O custo chega a ser 50% acima dos demais países. (AE)
