Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2015
Com a queda nos índices de reprovação do governo (seis pontos em quatro meses) e de apoio às hipóteses de impeachment e renúncia, conforme a pesquisa realizada na semana passada pelo Instituto Datafolha, a presidenta Dilma Rousseff experimenta um pequeno alívio para quem coleciona recordes negativos de impopularidade desde março.
A maioria (54%) de quem votou na petista se mostra contrária ao seu afastamento. Analistas creditam tal desempenho a fatores como o baixo otimismo em relação a uma eventual substituição da mandatária pelo vice Michel Temer e ao “desmascaramento” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Estaria pesando a favor de Dilma, ainda, o fato de o governo petista ser “o mais corrupto da história” mas também o que mais investigou e puniu crimes desse tipo.
Estima-se que o comportamento da opinião pública em relação ao processo de impeachment dependerá, por exemplo, da duração da crise política e econômica. Igualmente importantes deverão ser as próximas etapas e desdobramentos da Operação Lava-Jato.
É improvável que os cenários futuros mudem a opinião dos segmentos refratários à presidenta. Sua avaliação, porém, estará sujeita ao olhar dos eleitores petistas, cujo comportamento é capaz de reverter a posição das parcelas mais volúveis, como as que consideram a atual gestão “regular”. (Folhapress)