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Geral Guerra em Gaza: líder político do Hamas diz que três de seus filhos e quatro netos foram mortos em ataque israelense

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O líder político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, disse que o sangue dos filhos não é "mais precioso" do que o sangue de outros mortos no enclave. (Foto: Reprodução)

O líder político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, disse nessa quarta-feira (10) que três de seus filhos e quatro netos foram mortos em um ataque israelense em Gaza, onde a guerra já dura mais de seis meses. A informação foi publicada pela rede al-Jazeera, do Catar, onde Haniyeh está baseado, e o ataque foi confirmado posteriormente por Israel. De acordo com o veículo, um drone atingiu o carro da família no campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave.

Segundo um comunicado do Exército de Israel, “os três agentes” visados no ataque aéreo eram Amir, Mohammed e Hazem Haniyeh, acrescentando que os homens eram membros da ala militar do Hamas e estavam “prestes a realizar um ato terrorista”, citou o jornal israelense Hareetz.

Na breve declaração, os militares não revelaram onde ocorreu o ataque, tampouco mencionaram os relatos de meios de comunicação afiliados ao Hamas de que quatro dos netos de Haniyeh (três meninas e um menino) também foram mortos. Apesar disso, uma fonte militar disse ao jornal israelense Times of Israel que o Exército havia tomado ciência dos relatos, embora não tenha confirmado a morte deles.

Falando em um hospital de Doha, onde foi informado sobre o ataque, Haniyeh foi desafiador. Disse que, ao atacar parentes de líderes do Hamas, “a ocupação [israelense] acredita que quebrará a determinação do nosso povo”. Mas, de acordo com ele, tais ações não conseguiriam forçar o Hamas a negociar uma trégua e a libertação dos reféns.

“Todo o nosso povo e todas as famílias de Gaza pagaram um alto preço em sangue, e eu sou um deles”, acrescentou Haniyeh, dizendo que o sangue dos filhos não é “mais precioso” do que o sangue de outros mortos no enclave. “[Quase] 60 membros da minha família foram mortos [desde o início do conflito], incluindo meus netos, os filhos do meu irmão, os filhos da minha irmã e meus primos.”

Abdel-Salam Haniyeh, o mais velho dos 13 filhos do líder do Hamas, também confirmou numa publicação no Facebook que seus três irmãos foram mortos, disse a Reuters.

Segundo o Hamas, Haniyeh recebeu um telefonema do primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, no qual ele “apresentou condolências pelo martírio de vários de seus filhos e netos num traiçoeiro bombardeamento sionista”. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, também ofereceu suas condolências ao líder do grupo.

Em novembro, um mês após o início do conflito, Haniyeh já havia perdido uma de suas netas durante um bombardeio israelense a uma escola na Cidade de Gaza. Roa Hammam Haniyeh era estudante da Faculdade de Medicina da Universidade Islâmica de Gaza e foi uma das 50 vítimas do ataque à escola al-Buraq.

Fim do Ramadã

O ataque ocorre durante o Eid al-Fitr, celebração de três dias que começa nesta quarta-feira e marca o fim do Ramadã, mês sagrado de jejum e cerimônias religiosas para os muçulmanos.

Por toda Gaza, os palestinos celebraram o momento com tristeza, reunindo-se em abrigos improvisados em meio aos escombros. O período costumava ser uma época de alegria no enclave, mas com a fome ameaçando o território em meio à contínua ofensiva militar de Israel, os palestinos dizem que não há muito o que comemorar.

“É o Eid mais triste que já vivemos”, disse à AFP Rawan Abd, uma enfermeira de 32 anos de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada e anexada por Israel.

O ataque também ocorre num momento em que não há sinais de progresso nos esforços de mediação liderados pelos Estados Unidos, Egito e Catar, buscando o fim da guerra. Os países aguardam respostas a uma nova proposta de trégua em três fases que apresentaram a Israel e ao Hamas no domingo. A primeira contempla uma trégua de seis semanas, a libertação de 42 reféns detidos em Gaza em troca de 800 a 900 palestinos presos em Israel, a entrada diária de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar e o retorno dos deslocados pela guerra às suas casas no Norte de Gaza.

Os combates em Gaza foram desencadeados pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados israelenses. A ofensiva de retaliação de Israel matou pelo menos 33.482 pessoas em Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas. As informações são dos jornais O Globo e The New York Times e da agência de notícias AFP.

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