Sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2015
Com dezenas de discursos, desde quando era senador, a partir de 2005, e ao longo dos dois mandatos como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama tornou-se um símbolo nacional da luta pelo controle de armas. Paradoxalmente, nos meses em que foi eleito e reeleito, os americanos registraram recordes de compras de armamento em relação aos últimos 15 anos.
A explicação, mais do que o medo de terrorismo e tiroteios em massa, aliado à justificativa da autodefesa, reside no receio de que restrições fossem efetivamente implementadas, segundo o jornal The New York Times. Analisando dados federais, observa-se que em setembro de 2001, logo após os atentados do dia 11, em Nova York, houve um pico com 754 mil armas vendidas.
Enquanto em novembro de 2008, com a eleição de Obama, registrou-se 1,1 milhão de vendas – um aumento de 46% em relação ao momento pós-ataque às Torres Gêmeas. E o recorde desta década e meia seria batido no final de 2012, com a junção destes dois elementos: a reeleição de Obama, em novembro, e o tiroteio em massa na escola primária Sandy Hook, em dezembro, em Newtown, Connecticut, que deixou 27 mortos. Cinco dias após a chacina, Obama discursou pedindo a proibição da venda de fuzis, rifles, pentes e carregadores de alta capacidade. No período do Ano-Novo de 2012 para 2013, venderam-se dois milhões de armas no país.