Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2016
O conservador Marcelo Rebelo de Sousa, 67 anos, foi eleito presidente de Portugal no primeiro turno, nesse domingo, de acordo com resultados oficiais após a apuração de mais de 95% das urnas. “Eu serei, a partir de agora, o presidente de todos os portugueses e portuguesas”, disse Rebelo de Sousa em discurso.
O professor de Direito Constitucional e famoso comentarista de televisão teve pelo menos 52,15% dos votos, uma ampla vantagem em relação a seu oponente mais próximo, o independente de esquerda António Sampaio da Novoa, com 22,78%. Marisa Matias, a candidata do Bloco de Esquerda, próximo ao grego Syriza e ao espanhol Podemos, surpreendeu ao aparecer em terceiro, com 10% dos votos. No total, disputaram dez candidatos, um número recorde para eleições presidenciais.
A abstenção recuou ligeiramente, chegando a 52,1%, um pouco abaixo do recorde de 53,48% registrado na última eleição à presidência, em 2011. Quase 9,7 milhões de portugueses eram esperados nas urnas.
Rebelo de Sousa tem o apoio oficial dos dois partidos de direita, mas se distanciou de ambos, associados às impopulares políticas de austeridade da legislatura anterior. O futuro presidente prestará juramento em 9 de março. Ele poderá usar sua prerrogativa de dissolução do Parlamento somente a partir de abril, seis meses após as eleições legislativas.
Boicote
Eleitores da pequena cidade de Muro, Norte do país, boicotaram a eleição presidencial para exigir a conexão de sua localidade à rede ferroviária urbana da grande cidade vizinha do Porto. Em 2002 , a empresa portuguesa de ferrovias deixou de servir ao município, que tem quase 2 mil habitantes.
