Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Cláudio Humberto | 1 de maio de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Para afastar Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social, epicentro da gatunagem que roubou aposentados e pensionistas do INSS, há uma movimentação no governo para que a pasta permaneça com o PDT mesmo com a saída do ministro. Circula no PT o nome do ex-deputado Wolney Queiroz, filiado há 30 anos ao PDT, como solução para Lupi sair enquanto as coisas esfriam e com possibilidade de volta. O problema é convencer Lupi, dono do PDT, que não larga o osso.
Dois por um
O pernambucano Wolney é vendido como aposta para melhorar a crítica relação com o Congresso. Foi deputado por seis mandatos.
É de casa
Derrotado nas eleições de 2022, o pedetista arrumou uma boquinha justamente no ministério: é o atual secretário-executivo de Carlos Lupi.
Siga o dinheiro
Lupi está sob fritura após a Polícia Federal revelar roubo ao menos de R$6,3 bilhões dos aposentados, em descontos não autorizados.
Referência
Apesar do PDT não ser uma potência no Congresso, na Câmara (17), por exemplo, é maior que o PSB (15), que tem a vice de Lula.
Trump só não quis reunião com China e Brasil
O presidente americano Donald Trump, que completou 100 dias de mandato, já se avistou com quase todos os líderes das dez maiores economias do mundo, com duas exceções: Xi Jinping, da China, e o brasileiro Lula (PT). A maior parte dos chefes de governo relevantes, como os premiês do Reino Unido, Keir Stahmer, e do Japão, Shigeru Ishiba, estiveram na Casa Branca, mas Trump já agendou visitas ainda este ano a aliados como Arábia Saudita, Catar, Canadá e Holanda.
Anel beijado
Os premiês da Índia, Nahendra Modi, e da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente francês Emmanuel Macron estiveram na Casa Branca.
Caso alemão
Outra potência econômica cujo líder Trump ainda não encontrou é a Alemanha, mas o novo chanceler só toma posse em 6 de maio.
Brasil ignorado
Trump enviou ao Brasil um senador aliado recém-eleito, sem cargo no governo. Ele foi recebido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Fundo do poço
A ausência de Lula (PT) em comícios deste Dia do Trabalhador é um vexame histórico. Reprovado pela população, ele teve medo de novo fracasso de público, bem ao contrário das multidões que seu adversário Bolsonaro arrasta. Preferiu pronunciamento na TV, longe das ruas.
Interpretação elástica
Ao podcast Diário do Poder, o deputado Gilson Marques (Novo-SC), com 20 anos de atuação na área jurídica, desceu a borduna no STF, para ele dedicado a “interpretação elástica e criativa” da Constituição.
Transparência opaca
A Controladoria-Geral da União não cumpriu prazo que se impôs, de 30 de abril, para atualizar no Portal da Transparência os gastos de Lula (PT) com viagens. O número ainda é de fevereiro: R$79,7 milhões.
Andou rápido
O deputado Coronel Crisóstomo (PL-RO) conseguiu em apenas dois dias 184 assinaturas para instalação da CPI do INSS e investigar o afano de R$6,3 bilhões das aposentadorias dos velhinhos.
Esquerda verde
O PSB é alvo de inveja do PDT de Carlos Lupi, ministro da Previdência. Com “só” 15 deputados na Câmara, diante dos 17 do PDT, o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin tem dois ministérios no governo do PT.
Bonde do Senado
Apesar de 54 senadores estarem no fim do mandato a partir de 2027, o controle do Senado aponta que 206 passaportes diplomáticos emitidos pela Casa perderão a validade até meados daquele ano.
Pura sintonia
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), dissipou comentários sobre eventual picuinha com o vice Mello Araújo (PL). Diz que trabalham com muita sintonia. “Não existe nenhum problema”, garantiu.
Fake news
A Defensoria Pública da União tenta na Justiça derrubar as redes sociais do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). O aliado de Lula ignora ordem judicial que mandou a retirada de fake news.
Pensando bem…
…só falta a Nike deixar a CBF e patrocinar de uma vez por todas a Praça dos Três Poderes.
Poder sem pudor
Presente devolvido
Antonio Carlos Magalhães, o ACM, era amado pelos baianos, mas sempre jogou pesado. Em 1992, governador, ele mandou o seu líder na Assembléia Legislativa da Bahia ridicularizar o ex-aliado Sérgio Carneiro, que ousara romper com ele. O líder era Eujácio Simões, mais tarde nomeado para o DNIT e flagrado visitando sites pornôs num computador da Câmara. Eujácio se prestou a subir a atacar na tribuna: “Vim devolver o presente de Vossa Excelência ao governador, no seu aniversário.” Ante o plenário perplexo, retirou de uma sacola uma cueca samba-canção de seda, enorme, cor cinza, exibindo-a para os fotógrafos. O detalhe é que Carneiro nunca havia presenteado Toninho Malvadeza com um cuecão.
Cláudio Humberto
@diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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