Por Redação O Sul | 2 de junho de 2025
No ar na reprise de “História de amor”, reexibida no “Vale a pena ver de novo”, Regina Duarte revelou que não sente saudade de fazer novelas – um gênero do qual está afastada desde 2017.
“Não sou mais capaz de fazer novelas. Não sou capaz de decorar aqueles calhamaços de textos por semana. Protagonista é isso aqui de texto”, disse ela, em entrevista a Carolina Ferraz no “Domingo espetacular”.
“Mas eu andei comentando sobre isso há algum tempo: ‘pode ser uma mudinha?. Uma personagem que fala com gestos, estudando aquele alfabeto dos surdos e mudos. Acho que eu ia me divertir muito”, brincou.
Sobre um possível retorno aos palcos do teatro, Duarte disse: “Eu não posso dizer ‘sim’ ou ‘não’, eu sou surpreendente para mim mesma.”
A atriz, que completou 78 anos em fevereiro, tem se dedicado às artes plásticas e às aulas de pintura.
Regina já produziu mais de 500 quadros e fez uma exposição em uma galeria de São Paulo. Sobre voltar á TV, ela é categórica: “Não penso em voltar à televisão. Mas claro que se surgir uma coisa que eu não tenha feito ainda, que seja uma coisa fascinante, que me desperta uma paixão. Mas gosto da ideia de dirigir teatro”, disse ela, em recente entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle, no YouTube no ano passado.
A atriz viveu a protagonista Raquel na versão original de “Vale tudo”, em 1988, papel que atualmente é de Taís Araújo.
Regina estava sendo cotada para uma novela prevista para o fim do ano. Após fazer as pazes com a Globo, a atriz estava sendo cotada para o elenco de Três Graças, novela de Aguinaldo Silva, que irá substituir Vale Tudo no final de 2025.
Essa entrevista foi o primeiro encontro entre Regina e Carolina Ferraz após briga sobre política. Regina Duarte e a apresentadora brigaram na época em que a atriz fez parte do governo Bolsonaro, porque Duarte colocou Carolina em uma montagem de artistas que supostamente apoiaram sua nomeação como secretária especial de Cultura, quando, na verdade, Ferraz era contrária ao governo.
Regina Duarte recordou sua passagem pelo governo Bolsonaro. Ela relembrou sua trajetória como secretária de Cultura e disse não se arrepender de ter aceitado o cargo. “Falei: ‘Nossa, por que vou desperdiçar a oportunidade de entrar no Palácio dos Poderes deste país?’”, contou, ao explicar sua decisão. Ela também admitiu que não estava preparada para o cargo. “Eu fiquei só 74 dias, Carolina. Setenta e quatro dias! Não sabia nem onde era a minha sala”, relatou.
