Sábado, 07 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2025
O presidente norte-americano, Donald Trump, ressuscitou a política de proibição de viagem de seu primeiro mandato, assinando uma proclamação que impede pessoas de uma dúzia de países de entrar nos EUA. Os países incluem Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Além da proibição, que entra em vigor na madrugada de segunda-feira, haverá restrições aprimoradas para visitantes de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
“Devo agir para proteger a segurança nacional e o interesse nacional dos EUA e seu povo”, disse Trump, em sua proclamação. Segundo ele, a proibição foi motivada pelo ataque no Colorado no fim de semana contra manifestantes que pediam a libertação dos reféns israelenses em Gaza – 15 pessoas ficaram feridas.
“O recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, evidenciou os perigos extremos que representa a entrada de cidadãos estrangeiros que não foram devidamente verificados”, disse Trump.
A lista resulta de um decreto de 20 de janeiro assinado por Trump, exigindo que os departamentos de Estado e de Segurança Interna e o Diretor de Inteligência Nacional compilassem um relatório sobre “atitudes hostis” em relação aos EUA e se a entrada de cidadãos de certos países representava um risco à segurança nacional.
No seu primeiro mandato, Trump emitiu uma ordem executiva em janeiro de 2017 proibindo a viagem para os EUA por cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos – Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen.
Foi um dos momentos mais caóticos e confusos de sua presidência. Viajantes dessas nações foram impedidos de embarcar em seus voos para os EUA ou detidos nos aeroportos americanos após o desembarque. Eles incluíam estudantes e professores, bem como empresários, turistas e pessoas visitando amigos e parentes.
A ordem, frequentemente referida como a “proibição aos muçulmanos”, foi reformulada diante de desafios legais, até que uma versão foi mantida pela Suprema Corte em 2018.
Estudantes estrangeiros
Trump também proibiu a emissão de vistos aos estudantes estrangeiros que deveriam iniciar seus estudos na Universidade Harvard, em uma intensificação da pressão de sua administração sobre os centros de ensino superior.
Em um decreto, Trump declarou que permitir que Harvard continuasse a receber estudantes estrangeiros em seu campus em Cambridge colocaria em risco a segurança nacional. Trata-se de mais uma escalada na luta da Casa Branca com a universidade mais antiga e rica do país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.