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Tecnologia Saúde, dinheiro, moradia, Justiça e mais: como a inteligência artificial pode mudar o futuro do Brasil

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A IA está infiltrada nas engrenagens invisíveis que movem decisões públicas e privadas no Brasil. (Foto: Reprodução)

A inteligência artificial (IA) está infiltrada nas engrenagens invisíveis que movem decisões públicas e privadas no Brasil — do processamento de exames médicos ao combate a fraudes bancárias. E isso é só o começo. Com o boom dos últimos anos, a tecnologia promete reconfigurar profundamente os bastidores da vida cotidiana no País: diagnósticos médicos, decisões judiciais, concessões de crédito, operações de venda e locação de imóveis — diferentes processos serão permeados, em diferentes graus, por sistemas automatizados.

Um estudo da PwC aponta que a IA pode adicionar até 13 pontos porcentuais ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2035, desde que sua implementação ocorra de forma responsável e com ampla confiança da sociedade e do mercado. Em um cenário global, o impacto potencial chega a 15 pontos, comparável à transformação econômica vivida na era da industrialização. No Brasil, só em 2025, estima-se que US$ 130 bilhões (cerca de R$ 715 bilhões) em receitas poderão mudar de mãos entre empresas como reflexo das mudanças tecnológicas.

Os desafios são proporcionais: extração de dados sensíveis, riscos de vieses socioeconômicos, ausência de regulação clara e dilemas ambientais são alguns deles.

A boa notícia é que o Brasil reúne vantagens competitivas, como uma base tecnológica sólida em setores como finanças, saúde, eleições e Justiça, um ecossistema técnico qualificado, instituições de pesquisa consolidadas e uma população conectada. Mas ainda há um longo caminho a percorrer diante das escolhas que podem moldar seu futuro.

Para Patrícia Florissi, diretora técnica do Google Cloud, o País tem todos os elementos necessários para deixar de ser apenas consumidor de soluções estrangeiras e assumir um protagonismo global no desenvolvimento de IA. “A gente realmente tem a capacidade do capital humano e o acesso à tecnologia”, afirma. “Eu acho que o Brasil tem a possibilidade de se tornar a startup de IA generativa do futuro.”

Transformação na saúde

Entre os setores mais impactados está a saúde. E, no caso brasileiro, a discussão vai além da automação de processos: ela se confunde com a própria missão de ampliar o acesso ao cuidado médico e combater desigualdades regionais.

Segundo a 28.ª edição da Global CEO Survey, que entrevistou mais de 4,7 mil líderes em mais de cem países, incluindo o Brasil, a IA tem gerado ganhos expressivos de eficiência no setor de saúde. Entre os CEOs brasileiros da área, 58% relataram aumento na produtividade dos funcionários com o uso de IA generativa, superando a média internacional de 52%. Além disso, 35% afirmaram já ter registrado crescimento nas receitas graças à adoção dessas tecnologias.

Na visão de Luiz Fernando Joaquim, sócio da Deloitte e especialistas em soluções de tecnologia para o setor de saúde, a IA terá um papel integrador, focado em eliminar a papelada, melhorando a organização de informações. A tecnologia será especialmente útil para antecipar diagnósticos e identificar padrões precoces, como possíveis casos de diabete ou câncer em estágios iniciais, além de reforçar práticas preventivas.

Banco invisível

A presença da IA na vida do brasileiro vai muito além da saúde. Silenciosamente, ela começa a transformar a forma como se obtém crédito, se decide uma causa na Justiça ou se busca um novo imóvel. Não é exagero dizer que, para boa parte da população, a IA vai interferir justamente nos pilares mais sensíveis da vida prática: dinheiro, moradia e Justiça.

No sistema financeiro, a transformação é visível e acelerada. “Hoje a IA está sendo muito aplicada para segurança, resiliência cibernética (capacidade de um sistema se proteger e se recuperar de ataques digitais) e análise de crédito. São áreas de maior prioridade para proteger o sistema financeiro e onde estão os maiores esforços dos bancos em tecnologia”, afirma Wagner Martin, vice-presidente da Veritran e mentor do Lift Lab, iniciativa do Banco Central.

Mercado imobiliário

No mercado imobiliário, a automatização ganha contornos parecidos. Plataformas como a Kenlo já integram IA em todas as etapas do processo de compra, venda e locação, usando modelos do Google Cloud — é um setor que já tem grandes nomes como QuintoAndar e Loft. “A gente não cria soluções de IA para tentar cortar custos ou demitir corretores. Mas para potencializar o negócio, para fazer o empresário entender o que ele precisa para ser uma imobiliária melhor no mercado”, afirma Roberto Dariva, CEO da Kenlo.

Justiça para todos

Já no campo jurídico, a promessa da IA é nivelar o acesso à informação e, com isso, reduzir desigualdades processuais. Segundo Marcelo Alcântara, diretor de produto do JusBrasil, a IA pode corrigir falhas comuns em peças processuais, acelerar a tramitação de causas e eliminar a vantagem antes restrita a certos profissionais. “Agora não importa se você é um advogado autônomo ou se você trabalha em um grande escritório de advocacia. A mesma informação, por mais complexa, está acessível a todo mundo.” Com informações de O Estado de S. Paulo.

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https://www.osul.com.br/saude-dinheiro-moradia-justica-e-mais-como-a-inteligencia-artificial-pode-mudar-o-futuro-do-brasil/ Saúde, dinheiro, moradia, Justiça e mais: como a inteligência artificial pode mudar o futuro do Brasil 2025-06-08
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