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Política “Não tem por que me condenar”, diz Bolsonaro no Supremo

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O ex-presidente também afirmou que não tem "problemas" com o tenente-coronel Mauro Cid.

Foto: Ton Molina/STF
O ex-presidente também afirmou que não tem "problemas" com o tenente-coronel Mauro Cid. (Foto: Ton Molina/STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou durante o intervalo da sessão de depoimentos dos réus da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) que não faz preparação pensando na hipótese de ser preso, pois, segundo ele, não existem motivos para condená-lo.

“Eu não tenho preparação para nada, não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila. Quando falaram o tempo todo, “assinar o decreto…”. Não é assinar decreto, pessoal. Assinar um decreto de (estado de) defesa ou de sítio, o primeiro passo é convocar os conselhos da República e de Defesa. Não foi feito”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente também afirmou que não tem “problemas” com o tenente-coronel Mauro Cid, que em depoimento nesta segunda-feira reiterou o conteúdo da sua delação premiada e disse que Bolsonaro recebeu, leu e fez alterações em uma minuta golpista. O ex-presidente classificou como “bravata” as falas de seu ex-auxiliar.

“De certa forma, ele (Jair Bolsonaro) enxugou o documento, retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor (Alexandre de Moraes) ficaria como preso”, disse Cid, que foi cumprimentado por Bolsonaro antes do início da audiência.

Ao ser questionado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Cid disse ainda que Garnier deixou as tropas da Marinha “à disposição”. O tenente-coronel acrescentou ainda que “presenciou” a trama golpista no governo, mas negou que tenha participado das ações que estão em julgamento na Corte.

“Eu presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles”, disse Cid.

Moraes começou o depoimento tratando de questionamentos à delação premiada, que foi criticada pelas defesas de outros réus em função de supostas omissões.

Em áudio divulgado pela revista Veja em março do ano passado, Cid conversa com um interlocutor, faz críticas a Moraes e diz que foi pressionado pela Polícia Federal a relatar determinados fatos. Cid disse que se tratava de um desabafo e reiterou que todas as informações que prestou à investigação são verdadeiras. Ela também negou ter sofrido coação.

“Era um desabafo que eu estava fazendo. Vendo minha carreira desbando, o que gerou uma crise psicológica muito grande, o que levou a um desabafo naquele momento ruim”, disse Cid.

Moraes enfatizou que Cid prestou quatro depoimentos no inquérito da trama golpista. A declaração visa rebater a argumentação das defesas de Bolsonaro e Braga Netto, segundo a qual Cid teria dado diferentes versões à PF e não teria credibilidade como delator.

Cid listou ainda os “grupos” que incentivariam Bolsonaro a levar adiante a ofensiva golpista. Segundo ele, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier ser um integrante da ala “radical”, enquanto os ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto seriam mais “moderados”. O tenente-coronel, no entanto, fez uma ponderação:

“Só para não ser injusto e às vezes ficar uma ideia errada: independentemente do que os militares pudessem falar, não significaria que eles iriam fazer. (…) Dentro do círculo de legalidade das Forças Armadas, dificilmente sem uma ordem do comandante esse círculo da legalidade seria rompido”, pontuou.

 

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