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Política Polícia Federal prende ministro do Turismo do governo Bolsonaro; Alexandre de Moraes manda soltá-lo

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O ex-ministro do Turismo Gilson Machado alegou que sua intenção era tratar de uma questão familiar. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã dessa sexta-feira (13) o ex-ministro do Turismo Gilson Machado por suspeita de obstrução de justiça ao tentar obter um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Horas depois da detenção, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Machado.

Em substituição à detenção, Gilson deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento obrigatório à Justiça, cancelamento do passaporte, proibição de sair do país e de manter contato com investigados pela trama golpista.

A PF quer saber se Machado atuou para facilitar uma possível saída de Cid do país. Ao jornal O Globo, o ex-ministro admitiu ter procurado o Consulado de Portugal em Recife, em maio deste ano, por telefone, mas alegou que sua intenção era tratar de uma questão familiar. A medida foi interpretada pela PF como uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista, já que Cid é um dos réus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a investigação sobre o caso.

A PF reuniu indícios de que Gilson procurou o consulado em Recife, onde mora, para conseguir o passaporte de Cid, mas não teve sucesso. Há a suspeita, contudo, de que ele poderia procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo, para que o tenente-coronel deixe o país. A PF também ressaltou que em janeiro de 2023, antes de ser preso pela primeira vez, procurou um serviço de assessoria para a obtenção da cidadania portuguesa.

Procurado na quarta-feira, Machado negou que tenha procurado o consulado em busca de um benefício para Cid.

“Estou surpreso. Nunca fui atrás de nada a respeito de Mauro Cid. Tratei do passaporte para o meu pai”, afirmou o ex-ministro.

A PGR afirma que a atitude pode configurar obstrução de investigação da trama golpista e de outras apurações em curso, além de favorecimento pessoal. A PGR considera, no entanto, que é necessário aprofundar a apuração. De acordo com a Procuradoria, as informações reunidas pela PF apontam “elementos sugestivos” de uma ação de Machado para “obstruir a instrução da Ação Penal n. 2.688/DF e das demais investigações que seguem em curso, possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual.”

O trecho faz referência ao número da ação penal da trama golpista e a outras apurações em andamento, como a das joias e a da suposta existência de uma estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.

Mauro Cid afirmou, ao deixar o STF no início da tarde desta terça, que a informação era “novidade” para ele e que não houve pedido de passaporte.

Seu advogado, Cezar Bitencourt, disse que ele não teria “interesse” em deixar o Brasil:

“Não, absolutamente nada. Não tinha interesse nenhum em sair do país.”

Gilson foi ministro do Turismo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e continua próximo do ex-presidente. No ano passado, concorreu à prefeitura de Recife pelo PL, mas ficou em segundo lugar.

Recentemente, ele iniciou uma campanha de arrecadação de recursos para Bolsonaro. Em depoimento à PF na semana passada, o ex-presidente afirmou que a campanha foi feita sem seu conhecimento e que Machado arrecadou R$ 1 milhão. As informações são do jornal O Globo.

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