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Economia “Eu teria feito a mesma coisa”, diz ex-presidente do Banco Central sobre nova decisão do Copom que levou a Selic a 15%

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Roberto Campos Neto foi muito criticado durante a gestão Lula.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Roberto Campos Neto foi muito criticado durante a gestão Lula. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, saiu em defesa da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano — o maior patamar em quase vinte anos.

Muito criticado durante o governo Lula por manter os juros elevados, Campos Neto disse que “teria feito a mesma coisa”.

“Eu poderia falar: ‘Viu? Me criticaram tanto e agora a taxa está maior’. Mas minha honestidade intelectual não me deixa embarcar nessa. Eu teria feito a mesma coisa. Acho que o ganho de credibilidade frente ao custo monetário era claramente favorável a este último ajuste, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas”, disse.

Segundo o comunicado do Comitê, a medida foi necessária para conter o avanço das expectativas de inflação, que vinham se distanciando da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Campos Neto, que presidiu o BC entre 2019 e 2024, evitou comentários públicos nos últimos meses, mas decidiu se manifestar após a decisão do Copom de elevar a taxa de juros.

O Copom justificou que as incertezas na economia dos Estados Unidos exige cautela nos países emergentes, como o Brasil.

“O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica”, escreveu o Copom.

O Banco Central diz ainda que, se o cenário não mudar, deve interromper a alta dos juros na próxima reunião.

“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, continuou o Copom.

O mercado financeiro se dividia sobre o rumo dos juros após essa reunião do Copom. A maior parte dos analistas, segundo pesquisa conduzida pelo BC na semana passada com mais de 130 instituições financeiras, acreditava que o cenário já possibilitava uma interrupção do ciclo de alta dos juros — em vigor desde setembro do ano passado. Foram seis aumentos seguidos da Selic.

 

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