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Mundo Maduro anuncia mobilização de 4,5 milhões de milicianos da Venezuela ante “ameaças” dos Estados Unidos

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Maduro agradeceu pelas manifestações de apoio diante do que chamou de "repetição podre" de ameaças. (Foto: Reprodução)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira (19) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de “ameaças” dos Estados Unidos.

“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas”, anunciou Maduro em ato transmitido pela TV, ao ordenar “tarefas” perante “a renovação das ameaças” dos Estados Unidos contra a Venezuela.

O anúncio de Maduro ocorreu no mesmo dia que o governo Trump enviou três destróieres equipados com mísseis guiados para a costa da Venezuela, segundo a agência de notícias Reuters. O líder venezuelano, no entanto, não mencionou diretamente os navios de guerra.

O envio dos navios pelos EUA ocorre dias após anúncio de operação contra cartéis antidrogas no Caribe, e representa uma escalada de tensões com a Venezuela. O governo Trump também aumentou para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa oferecida por informações que levem à captura de Maduro —os EUA acusam o líder venezuelano de liderar cartel de drogas e ser “um dos maiores narcotraficantes do mundo”. (Leia mais abaixo)

A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais divulgados pelo governo venezuelano. Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez, que governou entre 1999 e 2013, e se tornou posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O grupo atua como um apoio ao Exército na “defesa da nação”.

Maduro agradeceu pelas manifestações de apoio diante do que chamou de “repetição podre” de ameaças. “Os primeiros a manifestar solidariedade e apoio a este presidente trabalhador que aqui está foram os militares desta pátria”, destacou o líder venezuelano, que pediu às bases políticas do seu governo que avancem na formação das milícias camponesas e operárias “em todas as fábricas”.

“Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”, proclamou Maduro. “Mísseis e fuzis para a classe operária, para defender a nossa pátria!”

Nos últimos meses, o governo Trump já havia mobilizado ao menos dois navios de guerra na região da costa da Venezuela para ajudar nos esforços de segurança de fronteira e combate ao narcotráfico.

Operação dos EUA contra cartéis de drogas no Caribe

Na semana passada, os Estados Unidos começaram a enviar tropas para a América Latina para enfrentar ameaças de cartéis de drogas na região, segundo a agência de notícias Reuters.

Tropas das forças aéreas e navais foram despachadas pelo Departamento de Defesa americano para o sul do Mar do Caribe. Uma autoridade militar americana disse à Reuters que, no total, cerca de quatro mil marinheiros e fuzileiros navais devem ser mobilizados nos esforços do governo Trump na região sul do Caribe.

Essa autoridade, que falou à Reuters sob condição de anonimato, afirmou que o reforço de ativos militares na região mais ampla incluirá vários aviões espiões P-8, navios de guerra e ao menos um submarino de ataque.

Segundo a fonte da agência, o processo deverá se estender por vários meses e a previsão é que operem no espaço aéreo e em águas internacionais.

Os ativos navais poderão ser usados não apenas para realizar operações de inteligência e vigilância, mas também como plataforma de lançamento para ataques direcionados, caso seja tomada essa decisão, acrescentou o funcionário.

Recompensa pela captura do Maduro

A administração Trump afirmou que o valor por Maduro foi aumentado representar uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. O anúncio dizia que o presidente venezuelano é “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.

Ainda sob o governo de Joe Biden, em janeiro, os EUA divulgaram um cartaz com a foto de Maduro, oferecendo uma recompensa de US$ 25 milhões.

Um dia depois do anúncio do aumento da quantia, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, foi à TV para rebater as acusações dos EUA.

O comandante das Forças Armadas venezuelanas classificou as declarações feitas pelos departamentos de Estado e Justiça como “tolas”.

Vladimir Padrino Lopez também teve uma recompensa fixada pelos EUA por informações sobre ele, assim como Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz.

Para Lopez, as ofertas americanas, além de representarem uma interferência que viola flagrantemente o direito internacional e o princípio da autodeterminação dos povos, são “fantasiosas, ilegais e desesperadas, ao melhor estilo faroeste de Hollywood”.

“O cinismo do governo americano não tem limites, querem nos dar lições de democracia quando seu próprio governo desrespeita sistematicamente suas próprias leis, governando arbitrária e caprichosamente”, criticou.

 

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