Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2025
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a anistia aos envolvidos no julgamento da trama golpista do 8 de Janeiro e cobrou a atuação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a aprovação do texto.
O filho de Jair Bolsonaro afirmou que Motta e Alcolumbre não podem permitir que o Poder Legislativo “seja novamente pisado por Alexandre de Moraes”. “Chegou a hora de ouvir a voz do povo”, disse durante discurso em manifestação da direita em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo (7).
Ele afirmou que o processo deve abranger todos os citados na trama golpista. Flávio disse que a anistia ideal deve ser ampla, geral, irrestrita e imediata para todos os envolvidos no 8 de Janeiro. “Não existe meia anistia. A anistia não é sobre pessoas, é sobre fatos. Não dá para anistiar a Débora do Batom sem anistiar também o presidente Bolsonaro”, esbravejou o filho do ex-presidente.
O senador disse que Motta e Alcolumbre têm a chance de “entrar para a História”. De acordo com Flávio, o andamento do processo de anistia pode representar um marco para os presidentes das Casas Legislativas como “aqueles que pacificaram esse País”.
“Os senhores têm que entrar para a História como aqueles que ouviram a voz do povo”, disse. Ele afirma que a iniciativa vai impedir que o Congresso seja “pisado e humilhado” pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Proposta de anistia defendida pelo PL derrubaria a inelegibilidade de Bolsonaro. O texto defendido por Flávio e outras lideranças da direita é visto como inconstitucional. A proposta foi distribuída pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O texto determina que os crimes políticos passem a compor o Código Penal, com a isenção àqueles que tenham cometido crime contra o Estado democrático de Direito ou sido condenados pelo STF.
A proposta de anistia apresentada enfrenta resistência dos congressistas. Alcolumbre já se posicionou contra a ideia de anistia irrestrita e admitiu a possibilidade de fazer um texto próprio. Outros parlamentares se posicionaram a favor de uma versão que não beneficiasse Bolsonaro. Motta, por sua vez, afirma que “segue conversando” com lideranças favoráveis e contrárias à anistia. (Com informações do portal UOL)