Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2025
A troca de óleo é um dos procedimentos mais importantes para garantir a saúde do motor do carro, mas ainda gera muitas dúvidas entre motoristas. Apesar de ser um item básico da manutenção, circular com óleo vencido ou inadequado pode causar desgastes, reduzir a eficiência do motor e até gerar problemas de segurança.
“O óleo lubrificante é fundamental para reduzir o atrito das peças, evitar superaquecimento e garantir o desempenho do motor. Muitos motoristas ainda acreditam em informações equivocadas que podem trazer prejuízos sérios ao veículo”, alerta Omar Vivencio, sócio-proprietário da Forte do Óleo, especialista em Troca de Óleo e Fluidos.
Além disso, a manutenção preventiva vai muito além de simplesmente trocar o óleo. O filtro de óleo, por exemplo, também precisa ser substituído em todas as trocas. “Rodar com o filtro saturado faz com que partículas e sujeira permaneçam no motor, acelerando o desgaste. Uma manutenção completa inclui óleo, filtro e diagnóstico adequado do veículo, garantindo segurança e evitando gastos futuros”, completa o especialista.
A seguir, o especialista esclarece alguns mitos e verdades sobre a troca de óleo.
– 1 – Preciso trocar o óleo mesmo se o carro ficou parado: Verdade. “O óleo se degrada com o tempo, mesmo que o carro não rode. Ele perde aditivos, acumula impurezas e deixa de proteger adequadamente as peças internas. Por isso, mesmo um veículo parado precisa de manutenção dentro do prazo estipulado no manual, pois um óleo vencido pode comprometer a vida útil do motor”, diz.
– 2 – Qualquer óleo serve para o carro: Mito. “Cada motor é projetado para trabalhar com lubrificantes de especificações exatas, que envolvem viscosidade e normas técnicas da montadora. Usar um óleo diferente pode parecer inofensivo, mas gera riscos como aumento de consumo de combustível, falhas de desempenho e até danos graves às peças internas”, explica Omar.
– 3 – O filtro de óleo não precisa ser substituído a cada troca: Mito. “O filtro é responsável por reter partículas e resíduos que circulam junto com o óleo. Se ele estiver saturado, essa sujeira vai parar dentro do motor, acelerando o desgaste e comprometendo todo o sistema. O custo do filtro é baixo, mas ignorar a substituição pode gerar reparos muito caros lá na frente”, complementa.
– 4 – O tipo de uso do carro interfere no intervalo da troca: Verdade. “Muita gente não sabe, mas dirigir em condições de uso severo, como em congestionamentos, estradas de terra ou trajetos muito curtos com o motor frio, acelera o desgaste do óleo. Nessas situações, a troca deve ser antecipada em relação ao uso normal. Respeitar essa diferença é o que garante maior proteção e desempenho do motor”, comenta o especialista.
– 5 – Misturar diferentes lubrificantes sempre causa danos: Mito. “Misturar óleos de especificações diferentes não é o ideal, mas em uma situação de emergência pode ser feito apenas para completar o nível. O problema é manter essa mistura por muito tempo, já que ela pode não atender às exigências do motor. O mais seguro é procurar uma oficina e substituir o lubrificante assim que possível”, afirma.
Para manter o carro em dia, o especialista recomenda atenção aos sinais de alerta do motor, como marchas duras, trepidações, vazamentos ou luz de alerta no painel. “Agir a tempo evita problemas maiores e garante mais segurança ao motorista”, conclui Omar Vivencio.