Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2025
A autorização concedida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a CIA (agência de inteligência norte-americana) opere dentro das fronteiras da Venezuela poderia permitir que a agência realizasse uma série de atividades, desde operações de informação e fomento da oposição a Nicolás Maduro até a sabotagem ativa de seu governo – e até mesmo a captura do próprio líder. No entanto, autoridades de segurança nacional afirmam que, se tais operações realmente pudessem depor Maduro, ele já teria caído há anos. É por isso que a Casa Branca está considerando uma ação militar no país sul-americano, e as propostas em discussão se dividem em três grandes categorias.
– Apoio militar minado: A primeira opção envolveria ataques aéreos contra instalações militares venezuelanas, algumas das quais poderiam estar envolvidas no tráfico de drogas, com o objetivo de minar o apoio militar a Maduro.
Se Maduro acreditar que não está mais protegido, pode tentar fugir – ou, ao se deslocar pelo país, tornar-se mais vulnerável à captura, dizem as autoridades. Mas os críticos dessa abordagem alertam que ela poderia ter o efeito oposto, fortalecendo o apoio ao líder sitiado.
– Captura de Maduro: Uma segunda abordagem prevê o envio de forças de Operações Especiais dos Estados Unidos, como a Força Delta do Exército ou o SEAL Team 6 da Marinha (principal unidade de resgate de reféns e contraterrorismo), para tentar capturar ou matar Maduro.
Nessa opção, o governo Trump buscaria contornar as proibições contra o assassinato de líderes estrangeiros argumentando que Maduro é, antes de tudo, o chefe de uma quadrilha de narcoterroristas, uma extensão dos argumentos usados para justificar os ataques aéreos dos EUA contra embarcações que, segundo o governo, transportam drogas.
O Departamento de Estado oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) pela prisão ou condenação de Maduro. O governo Trump também pode argumentar que, como Maduro reprimiu a oposição e trabalhou para fraudar as eleições, ele não é o líder legítimo do país. O governo de Joe Biden se recusou a reconhecê-lo como presidente da Venezuela depois que ele declarou vitória no ano passado.
– Controle de campos de petróleo: Uma terceira opção envolve um plano muito mais complexo para enviar forças antiterroristas dos EUA a fim de assumir o controle de aeródromos e de pelo menos alguns dos campos de petróleo e infraestrutura da Venezuela.
Essas duas últimas opções acarretam riscos muito maiores para os comandos americanos em campo – sem falar dos civis – especialmente se o alvo fosse Maduro em um ambiente urbano como Caracas, a capital do país.
Trump tem se mostrado relutante em considerar ataques que possam colocar as tropas americanas em risco. Como resultado, muitos dos planos em desenvolvimento empregam drones navais e armas de longo alcance, opções que podem se mostrar mais viáveis quando o USS Ford e outros navios estiverem em operação. As informações são do jornal The New York Times.