Quarta-feira, 19 de novembro de 2025

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Agro Cordeiro dispara e garante renda no campo

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Demanda crescente valoriza o cordeiro e sustenta a ovinocultura no RS

Foto: Divulgação

A ovinocultura gaúcha vive um dos melhores momentos dos últimos anos, impulsionada pela valorização do cordeiro. Segundo levantamento da Emater/RS-Ascar, os preços no Estado romperam a marca dos R$ 12,00 por quilo vivo na última semana. Já os dados do Cepea/Esalq-USP apontam negócios chegando a R$ 13,00, consolidando um movimento de recuperação expressiva para o setor.

A alta reflete o crescimento da demanda por carne ovina de qualidade e o fortalecimento do mercado interno. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, o comportamento dos preços confirma a importância econômica da cadeia. “Estamos acompanhando valores muito positivos para o cordeiro e para outras categorias. Isso reforça o que sempre defendemos: a carne é o grande viés da ovinocultura e tem mostrado enorme potencial de mercado”, observa.

Impacto nas propriedades familiares

Grande parte da produção estadual está em pequenas e médias propriedades, que dependem da atividade para manter renda e permanência no campo. “A ovinocultura mantém famílias no campo, gera renda e cria oportunidades. Quando o preço reage dessa forma, o impacto é direto na vida do produtor e na sustentabilidade da atividade”, comenta Gressler.

Recuperação da lã

Além da carne, setores complementares também encontram sinais de recuperação. A lã, que enfrentou períodos prolongados de baixa, volta a registrar maior procura e valores mais atrativos. Segundo Gressler, o cenário é resultado da persistência dos criadores e de investimentos contínuos em genética e manejo. “O produtor nunca baixou os braços. Esse bom momento é fruto de anos de cuidado e de confiança na atividade”, ressalta.

Contexto nacional e internacional

O movimento no RS acompanha uma tendência nacional de valorização da carne ovina. Dados da Embrapa Caprinos e Ovinos mostram que o consumo interno cresce cerca de 5% ao ano, impulsionado por consumidores urbanos em busca de carnes diferenciadas. No mercado internacional, a carne ovina brasileira ainda tem participação tímida, mas há espaço para expansão, especialmente em países árabes e na União Europeia, que valorizam cortes premium.

Com preços firmes, demanda crescente e rebanhos tecnificados, a Arco projeta expansão do plantel no RS nos próximos anos. A entidade aposta em programas de melhoramento genético e em políticas públicas de incentivo para consolidar a ovinocultura como alternativa rentável e sustentável dentro da pecuária gaúcha.

Conclusão

A valorização do cordeiro no Rio Grande do Sul não é apenas um alívio momentâneo para os produtores, mas um sinal de maturidade da cadeia ovina. Carne e lã voltam a ganhar protagonismo, reforçando o papel da ovinocultura como atividade estratégica para manter famílias no campo e diversificar a pecuária gaúcha. (por Gisele Flores)

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