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Variedades “Eu era tristonha. Hoje sou bem resolvida com minha sexualidade, minha aparência”, diz Vera Fischer, que estrela peça sobre etarismo

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Atriz reflete sobre maturidade e carreira. (Foto: Reprodução)

No teatro, Vera Fischer vive atualmente uma atriz veterana na comédia romântica “O casal mais sexy da América”, em cartaz no Rio de Janeiro. Entre outros temas, o espetáculo trata das dificuldades de envelhecer no meio artístico, algo com que Vera se identifica.

“Quando fui ficando mais velha, depois dos 60 anos, senti que o cinema e a televisão deram uma esfriada, não me chamaram mais para personagens importantes. Na época, não havia ainda esse nome, etarismo, mas já acontecia”, relembra a atriz.

Enquanto na trama Susan e Robert acabam relegados a trabalhos aquém de sua bagagem, frustrados com a realidade profissional, Vera segue trabalhando — e com muito sucesso. Após temporadas exitosas da peça “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, também dirigida por Tadeu Aguiar, a atriz já foi vista por mais de 50 mil pessoas em 25 cidades do país com “O casal mais sexy da América”.

Parte do sucesso, segundo o diretor, vêm da forma como o texto gera identificação sem pesar o clima. “A peça traz temas duros, mas com muita esperança. As pessoas com 60+ saem do teatro com a sensação de que a vida pode estar apenas no começo. Que há amor, sexo e, principalmente, beleza no envelhecer, algo que acontece com a gente desde o nascimento”, diz.

“A minha felicidade, como atriz, é, de cima do palco, saber que posso mexer um pouquinho com a vida de algumas pessoas. Ao ouvir o que esses personagens têm a falar, o público pensa: ‘poxa, talvez eu possa realmente ser feliz com a minha própria mulher, ou com outra pessoa, ou não preciso necessariamente depender de alguém, mas eu não acabei. Eu posso ver beleza na vida e posso, inclusive, fazer sexo, e pode ser bom, e eu posso deixar de ser deprimido pela idade’”, complementa Vera Fisher.

Leveza da maturidade

Além dos questionamentos comuns ao meio artístico, que, segundo Vera, ajudam o público a ver que “a vida dos atores não é todo esse glamour que pensam”, a peça também abre margem para discutir especialmente a perspectiva feminina. Da pressão estética, às diferenças salarias e ao assédio.

Considerada um dos maiores símbolos sexuais da televisão brasileira por vários anos, Vera sempre teve de lidar com a opinião pública sobre sua imagem, algo que a fez bastante mal com o passar dos anos.

“Eu era uma pessoa muito mais infeliz, tristonha, porque achava que as pessoas não se interessavam mais por mim. Teve uma época inclusive em que engordei, porque quando você fica triste, você come. Sempre me cuidei muito, mas as pessoas ainda assim sugerem que eu faça plástica, que eu faça botox, que eu faça isso e aquilo. E eu não tenho vontade de fazer”, conta a atriz.

Vera afirmou que com o tempo, “você começa a se ver no espelho como é de verdade. Hoje, me sinto uma pessoa muito bem resolvida, com a minha sexualidade, com a minha aparência física, com o meu trabalho”.

Solteira após vários relacionamentos, Vera vê a solitude serena como uma das benesses da maturidade, além da maior paciência e segurança de si, tanto na vida pessoal, como no trabalho. Vivendo com dois gatinhos e muitas plantas, a artista, que completa 74 anos no final de novembro, não se vê parando de trabalhar — nem de experimentar coisas novas.

“Eu nunca fiz um monólogo na minha vida, e tenho vontade. Tenho que experimentar para ver como eu me sinto, sem os colegas do lado, trabalhando sozinha em cena. E é algo que se pode fazer a qualquer momento, basta ter um texto bom”, completa.

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