Por Redação O Sul | 24 de março de 2016
Os nomes ou apelidos de 47 políticos gaúchos estão entre os mais de 200 citados em planilhas apreendidos nesta semana pela Polícia Federal com supostos repasses da construtora Odebrecht. Ao todo, são 18 partidos envolvidos em o País. As planilhas estavam em posse do presidente de Infraestrutura da empreiteira, Benedicto Barbosa Silva Júnior, e abrangem os seguintes abaixo.
Do PDT: Gilmar Sossela, Marcelo Esswein, João Bosco Vaz, José Fortunati e Paulo Azeredo. Do PMDB: Fábio Branco, Marco Alba, Márcio Biolchi, Mauro Poeta, Osmar Terra e Pablo Mendes Ribeiro. Do PCdoB: Jussara Cony e Manuela d’Ávila. Do PSDB: Nelson Marchezan Jr., Tarsila Crusius e Wambert Di Lorenzo. Do PT: Adão Villaverde, Adeli Sell, Carlos Todeschini, Engenheiro Comasetto, Fernando Marroni, Gilmar Rinaldi, Helen Cabral, Heitor Luiz Lermen, Jairo Jorge, Marco Maia, Marcos Daneluz, Maria do Rosário, Ronaldo Zulke, Tarcísio Zimmermann e Tarso Genro. Do PSB: Beto Albuquerque e Heitor Schuch. Do PP: Afonso Hamm, Ana Amélia Lemos, Fixinha, Frederico Antunes, Kevin Krieger, João Carlos Nedel, José Otávio Germano, Leonardo Hoff, Mano Changes, Otomar Vivian e Renato Molling. Do PTB: Sérgio Zambiasi. Do PPL: Toni Proença. Além destes, consta o nome de Mauro Zaquia (não identificado).
Na tarde dessa quarta-feira, horas depois que a Justiça Federal de Curitiba (PR) já havia liberado o acesso aos documentos, o juiz Sérgio Moro determinou que fosse restabelecido o sigilo sobre o material, no entendimento de que “qualquer conclusão é precipitada”.
Investigadores da Operação Lava-Jato querem saber se os pagamentos mencionados nas listas se referem a doações legais de campanha ou repasses irregulares.
Em fases anteriores da força-tarefa, levantou-se a tese de que até as contribuições legais de empreiteiras a políticos podem ter sido oriundas de desvios de recursos da Petrobras. “Conforme o cenário probatório, tais doações se caracterizam, na verdade, como lavagem de dinheiro”, concluiu um dos relatórios apresentados.
