Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Se a presidenta Dilma Rousseff sobreviver ao pedido de impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaça acolher, a partir do dia seguinte à votação, os nove requerimentos pela deposição da petista que ainda aguardam decisão em sua mesa.
Aliados asseguram que o presidente da Casa pode usar a determinação recente do Supremo Tribunal Federal, que o obrigaria a instalar comissões especiais, para reverter os 48 arquivamentos já ordenados anteriormente.
Incertezas
As incertezas sobre a política e a economia não se encerram com uma decisão sobre o eventual impeachment de Dilma, afirmam consultores políticos e economistas. Tanto se a chefe do Executivo sair quanto se permanecer no cargo, há dúvidas sobre a resolução do impasse político, cujo efeito sobre a economia é a grave recessão.
Desde quando o governo passou a negociar cargos com os partidos menores da base aliada (PP, PTN, PR e PSD), analistas passaram a considerar mais difícil o impedimento. O consultor político Christopher Garman diz que se o impeachment não prosperar, a pressão política pelo afastamento da presidenta subirá. Na sua avaliação, há 60% de chance de Dilma sofrer um impedimento e 75% de ela não terminar o mandato. “Nossa convicção de [Dilma] não terminar [o mandato] é alta, mas o caminho da queda é difícil de antecipar.”