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Colunistas Platão e o governo dos maus

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(Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há muita gente que não suporta ouvir falar em Lava-Jato e já fica cheia de “urticária”, como se dizia em Uruguaiana, numa época em que não se tinha descoberto a relação dos “pontinhos” vermelhos espalhados pelo corpo, com o fenômeno da ALERGIA.

Fregueses nos noticiários nos quais volta e meia apareciam – ora como atores principais ora como coadjuvantes, suspeitos de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e também ativa etc etc – acostumaram-se, quando flagrados, distribuir uma insossa nota, escrita por perito habilitado a empilhar palavras dizendo NADA.

E daí em diante, dirigem-se rumo ao ambicionado esquecimento público rompido, mais adiante pelo próprio corrupto, anunciando sua candidatura (CARA de PAU) à reeleição “atendendo a inúmeros pedidos” como dizia, com voz maviosa, o locutor da rádio interiorana, antes de rodar o novíssimo LP ou – com LA BARCA” ou “Besame mucho”. E o pior de tudo REELEGEM-SE, com grande votação, mostrando que uma parte do eleitorado ainda não aprendeu que a primeira sentença não é a exemplar do idôneo juiz Moro, mas a do povo, através do voto.

O tema é atraente e alguém – talvez eleitor do branco, do nulo ou da abstenção – dirá que não acredita em ninguém, por isso anula o seu voto. Com isso, destrói o seu direito de opinar e de influir. Não se apercebe que, ao ANULAR-SE, está dando mais espaço ao ladrão, ao fraudulento, ao propineiro que, comprando ou não, fará com que “seus votos” (ante a omissão lamentável dos “fichas limpas”) sejam vitoriosos. Criam, lamentavelmente, um vergonhoso hábito: o de, cada vez mais, procurar-se o parlamentar não na coluna política do jornal, mas na policial, onde tem cadeira cativa.

Políticos, originariamente divulgados como suspeitos, isto é, os ultimamente indiciados pela Polícia Federal, denunciados pelo Ministério Público e condenados pela Justiça não são biônicos. Elegeram-se e, muitos deles, como se dizia, se reelegem com votos de sobra porque – pelo menos – parte do eleitorado desvaloriza-se destruindo seu voto. É terrível, por desencorajante, ouvir de um eleitor (e não são só os da vila, mas também os ricos e até instruídos), seis meses depois do pleito, que NÃO SE LEMBRAM em quem votaram. Isso é uma cusparada no rosto da democracia.

O que a delação premiada, necessidade operacional, tem gerado de informação, permitindo que se aperte o furúnculo moral e que venha à tona a podridão corrompida, dá uma sensação corretora por um lado, e de desesperança, pelo muito que antes não se fez, mas também de esperança por ver alguns dos ora notórios já historicamente no rol dos culpados (José Dirceu por contumaz freguêz do Juiz Moro; Renan, em legislatura anterior, teve de renunciar à Presidência do Senado, ao comprovar-se que a Andrade Gutierrez – ou outra do clube – pagava uma pensão à sua amante; Lula, sócio oculto (?) por prováveis negociatas internacionatas da Odebrecht com ditadores populistas da região, apropriando-se do dinheiro propiciado pelo BNDES).

Um lembrete compensatório cabe (ante tamanha sujeira de quem tem o dever de ser MODELO de postura destacada), decorrente da diretiva inserida na Constituição de 1988: só através de CONCURSO PÚBLICO, alguém pode tornar-se funcionário público efetivo nos TRÊS PODERES.

Por isso, hoje, o juiz é independente, o procurador tem garantias e a Polícia Federal oferece ao seu pessoal a segurança funcional que lhes permite enfrentar os “poderosos” de plantão, tendo a cobertura da Carta Magna. Por consequência, delegados, promotores e juízes tem, em geral, a média de 45 a 55 anos de idade. É uma geração inovadora e corajosa, fazendo uma grande faxina no país.

De qualquer maneira, volto aos eleitores, estimulando-os e valorizando a sua condição, não esquecendo a lição milenar de PLATÃO: “A PUNIÇÃO QUE OS BONS SOFREM, QUANDO SE RECUSAM A TOMAR PARTE DO GOVERNO (agregue-se: ou se omitem deixando, pelo voto não dado, de ter o direito de rebelar-se contra a incompetência e a corrupção), É A DE VIVER SOB O GOVERNO DOS MAUS”.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/platao-e-o-governo-dos-maus/ Platão e o governo dos maus 2016-05-30
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