Sexta-feira, 07 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Lobista que enviou 1,3 milhão de francos suíços ao ex-deputado Eduardo Cunha diz que não é ‘apegado ao dinheiro

Compartilhe esta notícia:

A Lava-Jato identificou, com apoio do Ministério Público suíço, que parte da propina paga a Cunha (foto) no exterior em contas secretas foi usada para bancar compras de luxo de sua mulher, Cláudia (Foto: Reprodução)

Condenado na Lava-Jato por intermediar o pagamento de milhões em propinas no esquema de corrupção na Petrobras, o lobista João Augusto Rezende Henriques afirmou, em seu interrogatório perante o juiz Sérgio Moro na quarta-feira (09), que nunca foi “apegado ao dinheiro”.

O suposto desapego foi um dos argumentos do empresário para justificar o porquê não soube afirmar ao juiz da Lava-Jato quem são os vários destinatários de pagamentos feitos por sua offshore Acona a outras contas no exterior.

O depoimento de João Henriques, apontado pelos investigadores como lobista do PMDB, foi tomado na ação que tem como ré a mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Cláudia Cordeiro Cruz. A Lava-Jato identificou, com apoio do Ministério Público suíço, que parte da propina paga ao ex-deputado no exterior em contas secretas foi usada para bancar compras de luxo de Cláudia.

“Eu tinha o controle do seguinte, a maior parte do lucro [da Acona] era meu. Só isso que eu tinha. Nunca fui apegado ao dinheiro, não. Gostava de executar as coisas. E eu sempre tive uma remuneração, desde 2002 que eu ganho de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões por ano. Eu sempre ganhei bem, porque eu sempre trabalhei na estratégia das coisas, sempre tive capacidade para definir a estratégia, com quem falar, como falar, como resolver, como agir”, afirmou.

Em maio de 2011, a Acona recebeu um total de US$ 10 milhões da Lusitania Petroleum, empresa que controlava o campo de exploração em Benin, na África, que foi vendido para a Petrobras naquele ano, em um negócio que teria contado com a consultoria de Henriques. Desta conta, o empresário repassou 1,3 milhão de francos suíços para uma das offshores de Cunha, por meio de cinco transferências já identificadas pela força-tarefa em Curitiba.

Além destas operações, a offshore de Henriques fez vários outros pagamentos para empresas cujos destinatários ainda não foram identificados.

Questionado reiteradas vezes por Moro sobre cada uma das transferências, o lobista disse que não saberia falar quem eram os destinatários. “Quando você transfere para uma conta, ela não tem o nome da pessoa, ela tem um swift [número da conta]”, explicou o lobista. (AE) 

O lobista João Augusto Rezende Henriques (Foto: AG)

O lobista João Augusto Rezende Henriques (Foto: AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Pesquisa Datafolha diz que o apoio de Lula a candidatos divide os eleitores
Injeção vira arma para imitar os mamilos de celebridades: mulheres nos Estados Unidos estão em busca de mamilos maiores, iguais aos de Kendall Jenner
https://www.osul.com.br/lobista-que-enviou-13-milhao-de-francos-suicos-ao-ex-deputado-eduardo-cunha-diz-que-nao-e-%c2%91apegado-ao-dinheiro/ Lobista que enviou 1,3 milhão de francos suíços ao ex-deputado Eduardo Cunha diz que não é ‘apegado ao dinheiro 2016-11-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar