Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2016
O governador Pedro Taques (PSDB) demitiu, na quinta-feira (1º), dois agentes penitenciários e o ex-diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum (MT), por terem cometidos atos ilícitos que resultaram na fuga de 27 detentos da unidade prisional em fevereiro de 2015. Na ocasião, eles foram presos por prevaricação e facilitação qualificada de fuga e passaram a responder a um processo administrativo disciplinar.
A demissão do ex-diretor Henrique Francisco de Paula Neto e dos agentes penitenciários Fabian Carlos Rodrigues da Silva e Luiz Mauro Romão da Silva foi publicada no Diário Oficial que circulou na quinta-feira.
Em depoimento, um preso afirmou que o ex-diretor e os dois agentes cobrariam entre 800 reais e 1,5 mil reais para liberar o consumo de entorpecentes na cadeia. Irregularidades também foram relatadas pelo agente penitenciário que, após ser lotado em Nova Mutum, disse ter pedido transferência por causa da negligência com o controle dos detentos.
Segundo ele, “festinhas” com bebidas alcoólicas e até churrasco seriam permitidos aos presos.
Fuga.
No dia da fuga, as imagens do circuito interno de segurança da cadeia capturaram o momento em que as duas mulheres, sendo uma delas namorada de um preso, chegaram à unidade e os agentes abrem o portão da frente, por volta das 22h35, no dia 5 de fevereiro.
Segundo a delegada, as duas teriam ficado por mais de uma hora no local com os agentes e, quando uma delas sai e vai para a área externa, o então diretor da cadeia vai para o pátio fumar, o que prova que ele estava na cadeia e não estava dormindo.
Ao serem presas, as duas mulheres afirmaram que seduziram e doparam os dois agentes penitenciários, aproveitando que eles desmaiaram para pegar as chaves das celas e libertar os detentos, que saíram pela porta da frente da cadeia, por volta das 1h45.