Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2017
A investigação oficial da Samsung sobre as explosões do smartphone Galaxy Note 7, descontinuado em outubro do ano passado, deve apontar que o tamanho irregular da bateria foi a causa principal, de acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira, 20, pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal. A empresa anunciou que fará um evento na Coreia do Sul neste domingo (22), às 23 horas (horário de Brasília-DF), para explicar os resultados de sua investigação interna.
De acordo com o jornal, a Samsung contratou três auditorias de qualidade e cadeia de suprimentos independentes para fazer a investigação. Segundo fontes próximas à empresa, as três consultorias apontaram duas causas que afetaram a qualidade do smartphone. A primeira estaria relacionada aos dispositivos que usaram baterias fabricadas pela Samsung SDI, uma empresa do grupo. Elas não teriam sido encaixadas adequadamente no aparelho, o que levou ao superaquecimento das baterias e, consequentemente, à explosão.
Quando a empresa identificou a falha, em agosto, eles aumentaram a produção de dispositivos com bateria de outro fabricante, a Amperex Technology. Segundo o relatório da investigação, porém, a pressa em resolver o problema teria criado outros problemas de manufatura, que não foram revelados pelas fontes consultadas pelo jornal.
Depois de explosões em vários países do mundo, a Samsung anunciou o recall global do Galaxy Note 7 em 2 de setembro do ano passado. Logo em seguida, o smartphone foi banido pelas autoridades de aviação em diversos países do mundo, como Estados Unidos e Brasil. Em 11 de outubro, depois que unidades de reposição do aparelho apresentaram o mesmo problema, a Samsung descontinuou o produto e divulgou previsão de queda no lucro. Nos Estados Unidos, 96% das unidades foram devolvidas pelos consumidores, embora ainda haja centenas de aparelhos em uso.