Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 17 de março de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que o corte no Orçamento, a ser anunciado na próxima semana, poderá ter redução ao longo do ano com o aumento de impostos.
Quer dizer, tira do orçamento e ataca o bolso dos contribuintes, Excelência?
NOS OMBROS
A desindustrialização brasileira tem na mais alta carga tributária do mundo uma das causas. O ministro Meirelles deve desconhecer a necessidade de reduzir o peso dos tributos, hoje equivalente a 40 por cento de tudo o que é produzido no País.
O atual sistema tributário é pesado, complexo, injusto e ineficiente.
LABIRINTO
Há um mistério não desvendado nas últimas décadas: os governos nunca mais deixaram de ser deficitários, a carga tributária aumentou de forma contínua e a dívida pública não parou de subir.
BEABÁ
O que muitos eleitos, do Oiapoque ao Chuí, ainda não aprenderam: uma vez fechadas as urnas, o interesse público passa a ser o compromisso único de quem recebeu um mandato e deve exercê-lo em nome de todos, nunca apenas de seus correligionários.
CEDER OU NÃO CEDER
As campanhas ainda estão distantes, mas lideranças dos partidos começam a conversar. O presidente regional do PDT, deputado federal Pompeo de Mattos, costuma ter uma resposta sobre divisão de espaços em alianças: “É como num caminhão. Há lugar para muitos na carroceria. Alguns irão até na cabine, mas a direção é nossa.”
ABANDONO
Quem visita a Europa e os Estados Unidos volta tendo a indignação aumentada pelo descaso com as ferrovias no Brasil. Por aqui, anda quase tudo enferrujado. Exemplo: desde 1973, quando começou a ser construída, a ligação férrea entre Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro jamais teve um vagão circulando em muitos trechos. Estão abandonados seis túneis e quatro viadutos, construídos para nada.
REENQUADRAMENTO
A adulteração do leite, que vem se repetindo, precisa ser enquadrada como crime hediondo. Pelas consequências tão prejudiciais à saúde pública, equivale a genocídio. A modificação depende de iniciativa parlamentar com o pedido de tramitação urgente no Congresso Nacional. Alguns dos irresponsáveis já condenados acabaram se beneficiando com a liberdade condicional e cometem o crime de novo.
DESANIMA
Empresários reclamam com frequência da morosidade quando dependem do setor público. Acabam sendo vítimas de burocratas que retardam o andamento de processos ou a concessão de um carimbo. Vivem num mundo à parte, desconhecendo a realidade de quem investe, gerando emprego e renda. Esse é um elemento fundamental de perturbação da capacidade produtiva, a chamada máquina de moer eficiência.
Para abrir e manter um negócio é preciso não só capital, mas também uma dose de paciência.
RÁPIDAS
* A cada sessão plenária da Assembleia, como ontem, soa o apito e recomeça o Gre-Nal entre governistas e oposição.
* A população é, cada vez mais, refém da criminalidade, subproduto das precaríssimas condições de segurança pública no Estado.
* Foram anos e anos de empobrecimento das práticas políticas no País, marcadas pelo fisiologismo e pela corrupção.
* Vão escasseando na vida pública os tapetes para baixo dos quais jogavam tudo.
* Daqui um pouco será preciso divulgar quem não entra na lista de Janot.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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