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Por Redação O Sul | 24 de abril de 2017
Em depoimento nessa segunda-feira, o marqueteiro João Santana afirmou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que decidiu diminuir as aparições do então vice-presidente Michel Temer em peças publicitárias da campanha de 2014, após constatar que havia “prejuízo entre os eleitores”. Segundo ele, sempre que o peemedebista participava das veiculações, pesquisas internas revelavam uma queda nas intenções de voto para a chapa encabeçada pela então presidenta Dilma Rousseff.
De acordo com Santana, o motivo para essa rejeição era a suposta vinculação da imagem de Temer à prática do satanismo. Ele explicou que, na sua opinião, a alusão era motivada pela existência de um escritor do século 17 que escrevia sobre o tema, mas não entrou em detalhes sobre o fato.
“A minha relação com Temer era apenas nos dias em que havia gravações de comerciais”, declarou. Para o publicitário, na época Temer também foi beneficiado pela prática do caixa 2 na época. João Santana e sua mulher, Mônica Moura, prestaram depoimento em Salvador (BA). Um funcionário do casal, André Santana, também foi interrogado.
As afirmações do marqueteiro ocorreram em resposta a uma pergunta do ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Herman Benjamin a respeito do papel do vice de Dilma na campanha. O magistrado é o relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. O julgamento chegou a começar mas foi paralisado para que a defesa dos investigados tivessem mais tempo para manifestações e também para que novas testemunhas fossem ouvidas.