Armando Burd Privilégio começa a ser derrubado
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Nenhum senador quis correr o risco da execração e atendeu ao clamor público, aprovando ontem, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição que acaba com a prerrogativa de foro para autoridades nos casos de prática de crimes comuns como roubo e corrupção. Foram 75 votos a favor e nenhum contrário. Haverá ainda segundo turno e o resultado se repetirá. Depois, seguirá para a Câmara dos Deputados. Com a proposta, 30 mil autoridades deverão ser julgadas em primeira instância no Estado onde o eventual crime ocorrer e não mais em tribunais superiores.
Imperdoável
Por 10 horas e meia, ontem, deputados da oposição desfilaram pelo plenário da Câmara com cartazes que diziam: “Quem vota não volta.” Não adiantou. O projeto de reforma trabalhista foi aprovado contou com 296 votos favoráveis contra 177. O resultado será combustível para as manifestações de rua amanhã.
Não entram
A vigência da Lei Ficha Limpa no Estado, ontem, completou um ano de vigência. Proíbe que aprovados em concursos públicos sejam contratados se tiverem condenação por decisão judicial sem mais recurso. O mesmo vale para servidores com cargos em comissão. O governo afirma que muitos já foram atingidos, mas mantém em sigilo os nomes. O projeto foi de autoria da deputada estadual Zilá Breitenbach.
Nas alturas
Quem volta do Exterior comenta sobre o alto preço dos produtos e serviços na terra natal. Culpa do Custo Brasil, termo que identifica o conjunto de problemas burocráticos, estruturais e econômicos que encarece e compromete os investimentos no País. Como consequência, dificulta o desenvolvimento, ao mesmo tempo em que aumenta informalidade, a sonegação de impostos e a inadimplência.
Culpa
O custo Brasil sobe com o peso da carga tributária, do valor do transporte para escoamento de produtos, do déficit das contas públicas, dos gastos e dos desperdícios. Para mudar o quadro, só muita coragem que ainda não apareceu.
Mudou
É difícil convencer alguns administradores públicos que a idade da pedra chegou ao fim, não porque a matéria mineral sólida desapareceu. Ocorre que o homem raciocinou, evoluiu e fez surgir outras técnicas.
Como na música
Muitos governos começam com um movimento andante, passam para allegro moderato, evoluem para acordes majestosos e acabam num tom lacrimoso.
Sem exceções
O governo do Estado voltará a usar a peneira mais uma vez para impor o teto salarial, que acaba driblado por alguns.
Corda bamba
O presidencialismo pluripartidário parece estar em minoria, obrigando a negociações frequentes para se manter. Consequência: Michel Temer precisa se equilibrar entre os pragmáticos, os reformistas, os fisiológicos, os corporativistas e os dependentes.
Outro regime
O que se costuma ouvir muito: saudades do Parlamentarismo que nunca tivemos. É um sistema bem mais civilizado.
Está mudando
Diminuiu a intensidade das multas, que os azuizinhos de Porto Alegre transformaram em indústria predileta.
Setor vital
Pedro Teixeira foi reeleito ontem presidente da Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul e dirigirá a entidade por mais três anos.
O que vem por aí
Previsão para as condições de Brasília em maio: surpresas, entreveros e mais denúncias.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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