Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2017
Um brasileiro que mora em Miami, nos Estados Unidos, é apontado pela Polícia Civil do Rio como chefe da quadrilha responsável por tentar entrar no Rio com 60 fuzis pelo Aeroporto Internacional do Galeão. Ele está sendo procurado por policiais norte-americanos.
A carga, avaliada em 3 milhões de reais, foi interceptada pelos policiais ao desembarcar na cidade. O armamento, que seria revendido para traficantes, estava dentro de filtros de piscina. As investigações da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas e Delegacia Especializada em Armas, Munição e Explosivos apontam que os fuzis foram comprados legalmente nos Estados Unidos.
O homem procurado é dono de uma empresa de importação e exportação de produtos e também lucra com a atividade lícita. Ele, no entanto, utiliza-se da empresa para entrar no Rio também com mercadoria ilícita. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o suspeito não fornece as armas para uma facção específica. Seu interesse é o lucro, por isso ele negocia com quem estiver interessado nos produtos.
As investigações apontam ainda que a quadrilha possui diferentes motoristas para entregar as armas nas favelas de facções rivais – um deles é responsável pelas comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, e o outro, por aquelas comandadas pelos Amigos dos Amigos e Terceiro Comando Puro. No Rio, o valor das armas varia entre 50 mil e 70 mil reais.
A polícia acredita que o esquema mantido pelo chefe da quadrilha, nos Estados Unidos, seja grandioso, principalmente pela forma que os fuzis, que estavam novos, foram trazidos. As armas foram envoltas em fita isolante e havia ainda isopor no meio delas. Para envolver os filtros, foi usado papel-alumínio. A Secretaria de Segurança vai pedir à Justiça que as armas sejam usadas pela polícia do Estado. (AG)