Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ao contrário de países desenvolvidos, a cada eleição no Brasil são criadas novas regras para adequar interesses. O distritão, porém, faz sentido porque eliminará os caroneiros. Exemplo: em 2014, o deputado federal por São Paulo Celso Russomanno somou 1 milhão e 500 mil votos para a Câmara e carregou consigo outros sete candidatos do PRB, um deles com 22 mil votos.
ESPELHO RETROVISOR
Se o distritão estivesse em vigor na eleição de 2014, assumiriam como titulares, na Câmara dos Deputados, José Fogaça, Fernando Marroni e Ronaldo Zulke. Na Assembleia Legislativa, a lista teria José Sperotto, Marcel van Hattem, Jurandir Maciel, Juliana Brizola, Juvir Costella e Marcos Daneluz. Obtiveram mais votos dos que alguns empossados, mas não tomaram posse a 1º de janeiro de 2015 porque o critério é do quociente partidário.
PARA PRESSIONAR
O deputado estadual Frederico Antunes pediu ontem aos senadores Lasier Martins e Ana Amélia Lemos para que se empenhem e promovam, em Porto Alegre, audiência pública da Comissão Mista do Congresso que examina a perda dos estados com a Lei Kandir. Diante do descaso do governo federal em ressarcir a isenção de impostos, é preciso fazer soar todas as trombetas.
Antunes presidirá a comissão da Assembleia Legislativa que vai tratar do assunto.
TENTAÇÃO
Depois que o PSDB se dividiu na votação da Câmara dos Deputados sobre o futuro do governo, o presidente Michel Temer decidiu revidar: estendeu o tapete a João Doria para entrar no PMDB. Caso queira concorrer ao Planalto, o prefeito de São Paulo terá de suplantar figuras consagradas há anos no ninho tucano. Entre os peemedebistas, sua candidatura estará garantida.
CAUSA E EFEITO
Não é difícil localizar os motivos que levaram a maioria das prefeituras à situação pré-falimentar. Um deles é a divisão desproporcional dos impostos arrecadados no país. O governo federal retém 58 por cento; os estados recebem 24 por cento e para as prefeituras sobram 18 por cento.
Outro motivo foi o crescimento desmedido. Em 1991, havia 4 mil e 491 municípios com o total de 2 milhões e 500 mil funcionários públicos. A partir de 2005, passaram a ser 5 mil e 564 municípios, a maioria sem receita suficiente para sustentar suas despesas. O número de funcionários saltou para 4 milhões e 500 mil.
COM TODA A CLAREZA
Em algumas câmaras municipais, vereadores tomam a iniciativa de propor a obrigação de publicar, nos sites das prefeituras, o número de pacientes nas listas de espera do SUS para consultas com médicos especialistas, exames e cirurgias. Fala-se muito sobre o assunto, mas a transparência dará a verdadeira fotografia do drama que enfrentam os pacientes.
HÁ 180 ANOS
A 11 de agosto de 1837, os farrapos derrotaram as forças legalistas na Vila do Triunfo. As tropas leais ao Império queriam romper o cerco dos revolucionários que impediam a entrada de mantimentos em Porto Alegre, onde faltavam carne e cereais. A situação se tornou mais desesperadora porque o Rio de Janeiro não dava qualquer socorro.
VEM BOMBA
O anúncio do novo teto para o déficit nas contas do governo federal foi adiado para segunda-feira. Tempo para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ensaiar Disparada, composição de Geraldo Vandré e Théo de Barros. Fará o solo no trecho inicial: “Prepare o seu coração / Pras coisas que eu vou contar…”. Depois, para o acompanhamento, entrará a grande orquestra regida por Michel Temer.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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