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Brasil O consumo das famílias brasileiras volta a crescer após 9 trimestres de queda

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Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado também ficou positivo em 0,7%. (Foto: Reprodução)

O consumo das famílias esboçou reação entre abril e junho, após nove trimestres de queda, e ajudou a impulsionar o crescimento de 0,2% da economia brasileira no segundo trimestre, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (1º). Segundo o IBGE, o consumo das famílias cresceu 1,4% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, primeiro resultado positivo desde o fim de 2014.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado também ficou positivo em 0,7%. Esse número é relevante porque o consumo responde a 65% do PIB. É a conta mais importante de demanda da economia.

O IBGE diz que o consumo das famílias foi influenciado pelo enfraquecimento da inflação no segundo trimestre –que chegou a ser negativa em junho– e pela queda da Selic, a taxa básica de juros, além do crescimento dos salários no período. Desde outubro do ano passado, a Selic recuou de 14,25% para os atuais 9,25% ao ano.

Rebecca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE, ressalvou que o crescimento verificado no trimestre é próximo à estabilidade. Porém, disse que a economia está num ciclo ascendente.

“Quem mais puxou o setor de serviços foi o comércio graças ao melhor consumo das famílias, com queda na inflação e algum avanço na renda”, acrescentou Rebeca. Só o comércio mostrou expansão de 1,9%.

No acumulado do primeiro semestre, o consumo das famílias registrou queda de 0,6%, embora menos intensa que nos trimestres anteriores.

A coordenadora afirma que houve uma conjunção positiva de fatores para o PIB no segundo trimestre, que foi a queda da inflação e dos juros e os saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que somaram R$ 44 bilhões entre 10 de março e o prazo final, 31 de julho.

GOVERNO

Já o consumo do governo retraiu 0,9% no período ante o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o recuo é de 2,4%. Rebecca afirma que a retração na conta ligada aos gastos do governo está sendo liderada pelos Estados, em meio a um ajuste severo e crise financeira.

PIB

O PIB, Produto Interno Bruto, é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor adicionado à economia em um determinado período. O PIB pode ser calculado pela ótica da oferta e pela ótica da demanda. Os métodos devem apresentar o mesmo resultado.

Vamos dar um exemplo de cálculo pela ótica da oferta, também chamada de ótica da produção. Imagine que o IBGE queira calcular a produção gerada por um artesão que cobra R$ 30 por uma escultura de mármore. Para fazer a escultura, ele usou mármore e martelo e teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutidos os custos das matérias-primas utilizadas. Se o mármore e o martelo custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10. Esse valor representa a produção gerada ao transformar um pedaço de mármore em uma escultura.

O IBGE faz esse cálculo para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores. Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a produção gerada por cada setor, agropecuária, indústria e serviços, chegando à contribuição de cada um para a geração de produção e para o crescimento econômico.

O cálculo pela ótica da demanda soma tudo o que é gasto no país — e, portanto, dá uma ideia do poder de compra naquele período. O primeiro item é a despesa das famílias em bens de consumo, chamada de consumo das famílias; outro item, a despesa do Estado em bens de consumo, é chamado de consumo público.

Entram também na conta as despesas de empresas nos chamados bens de capital — máquinas que serão usadas para produzir —, chamadas de formação bruta de capital fixo. Essas despesas das empresas mais a variação nos estoques de matérias-primas e produtos formam o investimento.

Ao que foi gasto por famílias, governo e empresas são acrescentadas as exportações e desse valor são descontadas as importações. O resultado dos cálculos do PIB são divulgados pelo IBGE até 90 dias depois do fechamento do ano ou de um trimestre, mas os valores definitivos só saem dois anos depois, quando ficam disponíveis dados mais completos sobre a renda do país. (Folhapress)

 

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https://www.osul.com.br/o-consumo-das-familias-brasileiras-volta-crescer-apos-9-trimestres-de-queda/ O consumo das famílias brasileiras volta a crescer após 9 trimestres de queda 2017-09-01
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