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Brasil A sucessora do procurador-geral da República terá como desafio recuperar os dados do sistema montado pela Odebrecht para pagar propinas a políticos em todo o País e também no exterior

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Arquivos contêm novas informações sobre sistema de propina da empresa. (Foto: Reprodução)

A gestão de Raquel Dodge na PGR (Procuradoria-Geral da República), que começa no próximo dia 18, terá como desafio recuperar dados do sistema montado pela Odebrecht para pagar propinas a políticos em todo o país e no exterior. Dodge e sua equipe vão ter que analisar cinco HDs encaminhados pela força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR).

Os procuradores do Paraná receberam os dispositivos da Odebrecht há um mês, mas a equipe do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, não conseguiu analisá-los a tempo, em razão do enorme volume de dados.

Nos HDs estão as informações do chamado sistema Drousys que a Odebrecht pode ter eliminado em transferência do sistema da Suíça para a Suécia. Há ainda o My Web Day, que fazia a contabilidade paralela do setor de propina da empreiteira, além de registros sobre transações do Meinl Bank, um banco comprado pela empresa para abastecer contas no exterior e pagar suborno.

Memória gigantesca

A gestão de Janot desenvolveu sistemas de busca, perícia e recuperação de dados que levaram à produção de diversos relatórios baseados nas informações que transitavam pelo Drousys, contidas em uma primeira leva de HDs remetidos a Brasília pelo grupo de Curitiba, em março. Os documentos gerados embasaram pedidos de abertura de inquérito formulados a partir da delação premiada dos executivos da Odebrecht, especialmente sobre caixa dois distribuído a políticos.

Desta vez, os cinco novos HDs têm uma memória gigantesca e o trabalho de perícia não será concluído na gestão de Janot, que deixa o cargo de procurador-geral no próximo dia 17. Raquel assume no dia seguinte, e caberá à equipe da nova procuradora-geral remontar os sistemas, indexar os documentos, criar um ambiente de pesquisa por nomes e produzir relatórios que são vistos como decisivos para novas frentes de investigação da Lava-Jato.

O Drousys era um sistema paralelo de registros de informações: operadores de propinas na Odebrecht faziam registros das operações em um ambiente hospedado na Suíça, posteriormente transferido para a Suécia. Dentro do acordo de delação, a empreiteira contratou uma empresa forense que fez a extração dos dados hospedados em território sueco, fornecidos em seguida à força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.

Perícia

Os procuradores passaram a enviar os HDs à PGR, para o trabalho de perícia conduzido pela Secretaria de Pesquisa e Análise. A remontagem dos sistemas e recuperação de dados a partir dos primeiros quatro dispositivos consumiu três semanas, com geração de relatórios que serviram a inquéritos autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) já no mês seguinte. A expectativa da força-tarefa da Lava-Jato é que a perícia dos novos cinco HDs leve entre seis e nove semanas.

Janot colocou os casos da Odebrecht como prioridade, mas ainda não conseguiu fazer as denúncias relacionadas a caixa dois. A menos de uma semana do fim de seu mandato, caberá a Raquel Dodge decidir se seguirá a mesma estratégia. (AG)

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