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Brasil Juros do cartão de crédito e do cheque especial têm leve queda em agosto

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(Foto: Reprodução)

As taxas média de juros cobradas pelos bancos no cartão de crédito rotativo para pessoas físicas, e também do cheque especial, registraram pequenas quedas em agosto deste ano, segundo números divulgados nesta quarta-feira (27) pelo BC (Banco Central).

No caso do cartão de crédito rotativo, a taxa total passou de 399% ao ano em julho para 397,4% ao ano em agosto deste ano, um recuo de 1,6 ponto percentual no mês passado. Já o juro médio cobrado pelo sistema financeiro no cheque especial caiu de 321,3% ao ano em julho para 317,3% ao ano em agosto – uma queda de quatro pontos percentuais.

Segundo especialistas, a modalidade de crédito do cartão rotativo, e também do cheque especial só deve ser utilizada em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo, devido ao seu alto custo. A recomendação é que os clientes bancários substituam essas modalidades por linhas mais baratas, como, por exemplo, o crédito consignado (desconto em folha de pagamentos).

A taxa do cartão de crédito segue alta apesar das novas regras anunciadas recentemente pelo governo. Agosto foi o quinto mês de vigência destas normas, pelas quais o rotativo só pode ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado.

Juro bancário médio também cai

A taxa média de juros das operações de crédito das instituições financeiras, com recursos livres (sem contar BNDES, crédito rural e imobiliário) recuou 1,5 ponto percentual em agosto nas operações com pessoas físicas, para 62,3% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

Também recuou, em agosto, a taxa média de todas as operações (pessoas físicas e jurídicas), para 45,6% ao ano, contra 46,6% ao ano em julho. No caso dos empréstimos para as empresas, também com recursos livres, a taxa somou 24,4% ao ano em agosto, com queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mês anterior (25,3% ao ano).

A queda dos juros bancários acontece em momento de recuo da Selic, a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central, que influencia a chamada “taxa de captação” dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos. Desde outubro do ano passado, a taxa Selic caiu 6 pontos percentuais, de 14,25% ao ano para 8,25% ao ano. Já a taxa de captação das instituições financeiras caiu 3,2 pontos percentuais.

Os números do BC mostram que as instituições financeiras repassaram toda a queda da taxa Selic, e ainda baixaram os juros um pouco mais. Desde outubro, a taxa cobrada das emprsas caiu 6 pontos percentuais, a das pessoas físicas recuou 12 pontos percentuais e a taxa total (empresas e pessoas físicas) recuou 8,6 pontos percentuais.

“Spread” bancário

Como os juros bancários caíram mais do que a taxa de captação dos bancos, chamado “spread bancário” – ou seja, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes – caiu nos últimos meses e também em agosto.

No caso das operações com pessoas físicas, o “spread” recuou 8,8 pontos desde o início da queda dos juros, em outubro do ano passado, e 1,1 ponto percentual em agosto – para 53,4 pontos percentuais. Apesar da queda, esse índice ainda é elevado quando comparado à média praticada pelos bancos em outros países.

O “spread” é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país e também 78,48% dos depósitos.

Taxa de inadimplência

Dados do Banco Central mostram que a taxa de inadimplência ficou estável em agosto deste ano. No mês passado, a taxa de inadimplência geral, nas operações com recursos livres (exclui crédito imobiliário, rural e do BNDES), permaneceu inalterada em 5,6%.

Considerando a inadimplência com recursos livres para pessoas físicas, porém, também houve estabilidade no mês passado, em 5,7%. No caso das operações com empresas, a taxa de inadimplência ficou inalterada em 5,5% em agosto.

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https://www.osul.com.br/juros-do-cartao-de-credito-e-do-cheque-especial-tem-leve-queda-em-agosto/ Juros do cartão de crédito e do cheque especial têm leve queda em agosto 2017-09-27
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