Terça-feira, 30 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Thunderstorm

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Mortes de imigrantes no Mar Mediterrâneo atingiram o nível mais alto em 18 meses

Compartilhe esta notícia:

Em junho, pelo menos 629 pessoas perderam a vida tentando chegar à Europa pelo Mar Mediterrâneo. (Foto: Reprodução)

O mês de junho registrou o maior número de mortes em um ano e meio entre imigrantes que tentaram entrar na Europa pelo Mar Mediterrâneo, segundo dados da OIM-ONU (Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas).

Entre os dias 1º e 30, pelo menos 629 mortes foram confirmadas na região, incluindo o Mar Egeu. O valor é quase igual ao número de mortos nos cinco meses anteriores, entre janeiro e maio. Já em julho o número de mortes chegou a 198 até quinta-feira (19).

As ONGs que mantêm barcos nas águas internacionais para resgatar os imigrantes – a maioria africanos e do Oriente Médio – afirmam que a nova política do governo da Itália de bloquear o acesso dos navios aos portos do país dificultou o trabalho de resgate. Elas também denunciam práticas do governo da Líbia que vão contra as leis marítimas, como negar ajuda a barcos em perigo.

Em um comunicado divulgado no dia 12, a organização MSF (Médicos sem Fronteiras) criticou a recusa da Itália à chegada de novos imigrantes resgatados. “As decisões políticas europeias tomadas durante as últimas semanas tiveram consequências mortais. Foi tomada a sangue-frio uma decisão que deixa homens, mulheres e crianças se afogarem no mar Mediterrâneo. Isso é ultrajante e inaceitável”, disse Karline Kleijer, chefe de emergências da MSF.

Bloqueio dos portos

O novo governo da Itália tomou posse em 1º de junho, com a promessa de gerar empregos para o povo italiano e expulsar imigrantes ilegais. Desde então, o governo tentou bloquear o acesso aos portos italianos de pelo menos três barcos de organizações europeias transportando refugiados resgatados em águas internacionais. Em 10 de junho, o navio Aquarius, da ONG francesa SOS Mediterranee, foi proibido de atracar na Itália, o que deu início a uma crise política europeia resolvida que durou mais de uma semana.

O fotógrafo e documentarista americano Karpov, que estava a bordo do navio, afirmou que, quando o navio já estava carregado com mais de 600 refugiados, e a caminho de Catania, na Sicília, a tripulação não imaginava que tipo de recepção receberiam.

Há quatro anos ele documenta histórias de refugiados e o trabalho das organizações humanitárias. Ele já participou de 16 missões marítimas e terrestres de apoio a refugiados no Mediterrâneo, no Mar Egeu, no Oriente Médio e no Leste Europeu, e disse que nunca viu nenhuma ONG envolvida com casos de tráfico de pessoas, como acusam os movimentos antimigração europeus.

Segundo Karpov, a estratégia do novo governo italiano é afirmar que os imigrantes vão desistir de fugir da Líbia pelo mar se souberem que os portos estão bloqueados. Mas essa tática, diz ele, além de ser frustrante para as organizações preocupadas com a segurança das pessoas, não funciona porque a situação na Líbia é ainda pior. “As pessoas que estão sendo mantidas refém lá [na Líbia] ou sendo forçadas a retornar pela Guarda Costeira líbia enfrentam ameaças de espancamento, abuso, estupro e escravidão.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Argentina pede explicação ao Brasil sobre voos britânicos às Ilhas Malvinas passando pelo nosso País
Ex-presidente da Câmara dos Deputados diz que desconhece quase um milhão de dólares depositados encontrados em sua conta
https://www.osul.com.br/mortes-de-imigrantes-no-mar-mediterraneo-atingiram-o-nivel-mais-alto-em-18-meses/ Mortes de imigrantes no Mar Mediterrâneo atingiram o nível mais alto em 18 meses 2018-07-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar