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Brasil O Conselho Nacional de Justiça puniu um juiz que deu ordem de prisão a funcionários de uma companhia aérea

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Conselheiros em sessão de julgamentos no Conselho Nacional de Justiça. (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu na terça-feira (14) aplicar pena de censura ao juiz do Maranhão Marcelo Testa Baldochi, que deu voz de prisão a funcionários de uma companhia aérea depois de chegar atrasado e perder um voo com check-in encerrado. O caso ocorreu em dezembro de 2014.

Em 2016, o CNJ abriu três processos administrativos contra o juiz e determinou seu afastamento do Tribunal de Justiça do Maranhão por comportamento arbitrário e abuso de poder. O conselheiro Arnaldo Hossepian afirmou que o juiz merece punição disciplinar, uma vez que a conduta “revela prática de procedimento incorreto, indicando comportamento repreensível”. O voto foi seguido pelos demais conselheiros.

“Houve o uso do cargo público para buscar reparação em algo que ele se sentiu insultado, mas não seria por esse exercício arbitrário o modo correto”, disse o conselheiro Luciano Frota. A pena de censura impede que o magistrado entre na lista de promoção de merecimento por um ano.

Voz de prisão

Baldochi teria chegado no aeroporto de Imperatriz, no Maranhão, em dezembro de 2014, após o encerramento do check-in e com o processo de decolagem já iniciado. Irritado por não conseguir embarcar, determinou a prisão em flagrante de dois funcionários da companhia aérea Latam, que foram conduzidos à delegacia por policiais militares.

Ao propor a abertura do processo, a então corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, considerou que os indícios caracterizam abuso de autoridade pela utilização do cargo para violar o direito à liberdade dos funcionários da companhia aérea, submetendo-os a constrangimentos e a situações vexatórias.

Em outro processo no CNJ, Baldochi é suspeito de apropriação indébita de um lote de cabeças de gado com valor estimado em R$ 84 mil. O magistrado teria dado voz de prisão um homem que transportava o gado para a revenda na cidade de Pinheiro, alegando que o gado seria de sua propriedade, e teria levado os bois para abate.

Outra suspeita é de que ele tenha determinado arbitrariamente a prisão de um tabelião de Imperatriz por suposto descumprimento de ordem judicial.

Desembargador

O CNJ abriu um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para investigar o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Siro Darlan. De acordo com a decisão tomada em sessão plenária, ele é suspeito de violar deveres funcionais de carreira.

Entre as decisões de Darlan que serão analisadas, está a soltura de um miliciano durante um plantão judiciário noturno. Para todos os casos, o relator dos processos, o corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, pediu a abertura de PAD. Além de Siro Darlan, outros quatro magistrados de outros Estados serão investigados.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, há indícios de que o desembargador do RJ teria vendido, em setembro de 2016, um habeas corpus a Jonas Gonçalves da Silva por R$ 50 mil. Jonas é um preso que tinha como advogado o filho do magistrado. A abertura do PAD no CNJ se deu a partir da análise de uma reclamação.

 

 

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