Terça-feira, 20 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Se muitos dos parlamentares em Brasília se olharem no espelho, verão os responsáveis pelo aumento do déficit público. A começar pela recusa em discutir e votar este ano a reforma da Previdência, sistema cronicamente descapitalizado. Ignoraram a existência do déficit de 268 bilhões e 800 milhões de reais em 2017.
Descompromissados
Os que se opuseram à reforma da Previdência não se deram ao trabalho de apresentar um número sequer para sustentar a posição. Vieram com argumentos falaciosos para enganar quem não tinha conhecimento dos dados desastrosos. Desprezaram o interesse de milhões de aposentados e de futuros segurados.
Abacaxi pela frente
É indispensável que os candidatos à Presidência da República falem sobre a velocidade incontrolável de crescimento do déficit público, que provoca a cobrança de mais impostos. O dinheiro usado para tapar o rombo das contas públicas deveria formar a poupança, capaz de gerar empregos.
Não podem fugir do tema
Nenhum dos candidatos abordou ainda, com profundidade, o critério usado para nomeações dos ministros do Supremo Tribunal Federal. No sistema atual, o presidente da República age como imperador. Leva a uma percepção da sociedade de que prevalecem apenas afinidades políticas na livre escolha.
Esforço de recuperação
Com Lula liderando as pesquisas, o PT vai em busca do eleitorado que perdeu. Em 2016, reduziu de 644 para 261 prefeituras, entre as quais São Paulo, joia de todas as coroas e detentora do terceiro maior orçamento público do País.
Agora são os dois
Desde maio, em sucessivas entrevistas, Jair Bolsonaro repete que “não é um salvador da pátria”. Equivale a um habeas corpus preventivo, diante da esperança que seus eleitores têm de que ele resolverá todos os problemas do País.
Ontem, o economista Paulo Guedes, sempre citado por Bolsonaro como autor das melhores fórmulas e projetos, antecipou-se, dizendo que “não será um superministro”. Procura escapar de cobranças futuras se, na hipótese de vitória, assumir o poder. Prova também de que a súbita ascensão ao estrelato da política não vai tirá-lo do prumo.
Abundância
Não faltarão cabos eleitorais a partir de agora. O presidente eleito poderá nomear 25 mil apoiadores para cargos em comissão.
Devagar
O governo do Estado demorou muitas semanas para dizer com clareza que o fechamento de escolas decorre da reorganização da rede. É consequência da redução demográfica em algumas regiões. Ao mesmo tempo, a Secretaria da Educação reafirmou que nenhum aluno ficará fora da sala de aula.
Olha o despertador
Com a previsão de tempo bom, amanhã, é possível que a campanha eleitoral em Porto Alegre desperte e dê alguns bocejos no Brique da Redenção. Até aqui, dormiu.
Demorado
Analistas de economia avaliam que as repercussões do abalo com a greve dos caminhoneiros vão cessar somente em setembro.
Efeito
Juíza condenou ontem o candidato João Doria com a suspensão dos direitos políticos por quatro anos. Uma dedução: se for preso, subirá nas pesquisas.
Coincidência
Dilma Rousseff e Aécio Neves escolheram a mesma cidade para fazer campanha hoje: Teófilo Otoni, 470 quilômetros ao Norte de Belo Horizonte.
Correndo atrás dos votos
Deu no site do Senado: “Esforço concentrado ocorrerá em setembro”. Deverá ser para intensificar as campanhas eleitorais.
Modelo exportação
Na Argentina, a operação para investigar envolvimento da ex-presidente Cristina Kirchner em corrupção segue os passos da Lava-Jato.
Comparação
Dólar a 4,12. É mais do que candidatos com pretensões a governos estaduais e Presidência da República têm nas pesquisas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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