Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Costumam dizer que 50 por cento das prefeituras não possuem receita própria, sobrevivendo apenas de repasses federais e estaduais.
Está aí uma das distorções brasileiras. Para começar, todo o dinheiro que abastece os cofres dos Estados e da União é recolhido nos municípios. Para retornar, prefeitos e vereadores precisam formar caravanas às capitais e a Brasília de chapéu na mão. Mendigam até a exaustão. É humilhante.
Falta pressão
A centralização dos recursos demonstra o erro até agora insanável. Só num regime imperial existe distribuição tão injusta do dinheiro recolhido por meio de impostos. Caberia ao Senado e à Câmara dos Deputados forçarem o governo federal a rever o critério que, em última análise, prejudica as populações.
Deveria ser um dos assuntos discutidos na recém iniciada campanha eleitoral.
Não se desequilibra
Geraldo Alckmin entrou ontem no gramado do Jornal Nacional e não precisou de muito esforço para driblar com elegância algumas tentativas de pegadinhas.
Ao mais hábil até agora
Nenhum entrevistador das redes nacionais de TV conseguiu pôr Jair Bolsonaro contra a parede. Com sua lógica própria, transforma o limão em limonada.
Será pouco
Se Lula mantiver a candidatura até a metade de setembro, mesmo com decisão contrária do Tribunal Superior Eleitoral, amanhã, o substituto Fernando Haddad participará de apenas dois debates em rede nacional de TV.
Cobras e lagartos
A campanha só ficará completa quando uma emissora de TV convidar Jair Bolsonaro e Ciro Gomes para um programa. A fórmula para garantir grande audiência: 60 minutos de perguntas e respostas diretas, dispensando a participação de mediador.
Em que órbita giram?
Candidatos seguem a rotina de décadas: prometem muito sem apontar a origem dos recursos. Para cumprir, haverá necessidade de novos financiamentos e aumento da dívida.
Ao mesmo tempo, desconhecem a existência do déficit nunca abaixo de 150 bilhões de reais no orçamento federal.
Omissão injustificada
Nenhum dos concorrentes aos governos tratou, até agora, do déficit da Previdência nos Estados, que quadruplicou entre 2011 e 2017. Os beneficiados deveriam ser os primeiros a indagar sobre os pagamentos no futuro. O silêncio é uma armadilha.
Quase tudo na mesma
Não será nesta eleição que se verá o aperfeiçoamento das prestações de contas dos partidos.
Para soprar velinhas
A 5 de outubro, a Constituição Federal completará 30 anos.
Prolixa, mais se parece com um extenso receituário para a cura de centenas de males que afetam a nação.
No labirinto
Com o aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que terá efeito cascata, a Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro protocolou, ontem, ação direta de inconstitucionalidade. Quer impedir reajustes em seu âmbito, sob alegação de que o crescimento de despesas excluirá o Estado do Regime de Recuperação Fiscal.
Outros governadores acompanham para ver se também poderão utilizar o recurso.
Peso no bolso
Ninguém escapa do mau humor do mercado, que provoca a oscilação do dólar: o preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras subiu 7 por cento em 10 dias. Logo chegará aos postos de combustíveis.
Sem mais delongas
Vereadores da oposição se reunirão, na próxima segunda-feira, para marcar a data de votação do projeto de aumento do IPTU de Porto Alegre, que se arrasta. Querem apressar a decisão.
Mudou
Foi-se o tempo em que a corrupção se proliferava com mais virulência do que a gripe.
Ficam imóveis
As campanhas eleitorais estão como garrafas de champanhe que não estouram.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.