Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2015
Integrantes do governo temem que o BC (Banco Central) seja “duro demais” e aumente a Selic em meio ponto percentual na semana que vem, aprofundando o cenário de recessão econômica.
Bancos públicos e privados também estão preocupados com os sinais de elevação da taxa de juros para além do desejável e preveem redução ainda maior da oferta de crédito para o consumo. Nas avaliações internas, o governo está fraco e perdeu muita influência sobre as decisões do BC.
No passado, a presidenta Dilma Rousseff costumava cobrar de forma enfática um alinhamento maior do banco com sua política macroeconômica.
Até a redução da meta do superávit primário, anunciada na quarta-feira (22), o mercado e o Executivo apostavam ou no aumento de 0,25 ponto percentual ou na manutenção da Selic no patamar atual de 13,75% ao ano.
Diante da surpresa, as projeções passaram a contemplar uma alta de 0,5 ponto percentual. O próprio Banco Central, que trabalhava com um cenário de aperto fiscal bem maior até 2017, foi pego de surpresa com a queda abrupta do superávit primário de 1,1% para 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto). (Folhapress)