Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2018
Uma manifestação em solidariedade ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, movimentou a região do Forte de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O ato foi convocado por Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável e candidato ao Senado, e começou por volta das 11h deste domingo. Ao lado do general Mourão, vice de Bolsonaro, ele subiu no trio elétrico e defendeu que o ataque em Juiz de Fora (MG) foi premeditado. Ele ainda criticou a imprensa e partidos de esquerda.
“Perdão pela voz, foram dias difíceis que a gente passou agora. Você ver o seu pai sendo carregado nos braços do povo e vir um terrorista tentar tirar a vida de um homem que é a esperança de milhões de brasileiros”, disse Flávio Bolsonaro, visivelmente emocionado. “Vamos buscar força. Essa vai ser a resposta para aqueles que tentam macular o processo eleitoral com sangue.”
Depois, Flávio Bolsonaro, que vestia uma camisa com a mensagem “Meu partido é o Brasil”, criticou a imprensa e fez referências a Lula. Após o discurso, ele foi embora do ato.
“O Brasil não pode temer um militar no comando. Grande parte da mídia, que pinta um monstro do Bolsonaro, está tentando assustar a população como se um capitão no comando do País fosse alguma ameaça enquanto trata com normalidade um condenado por corrupção, um ladrão, que tenta fraudar o processo eleitoral” disse ele, em referência ao ex-presidente Lula.
O filho de Bolsonaro ainda disse que o que o agressor do presidenciável está sendo tratado como “maluco” de modo equivocado.
“Esse atentado à democracia não pode passar ileso. Parte da mídia está tratando esse homicida como se fosse maluco. Ele não tem nada de maluco. Tem certo grau de insanidade porque já foi filiado ao PSOL. Isso não tem como esconder”, disse Flávio.
Depois, o filho de Bolsonaro disse que acredita que o atentado foi premeditado.
“Ele fez isso de modo premeditado. Ele esteve em locais onde os meus irmãos estiveram em outro Estado. Estava mapeando os passos da nossa família”, afirmou, em referência ao fato de que Adélio Bispo dos Santos esteve no clube de tiro de São José, em Santa Catarina, onde Eduardo e Carlos Bolsonaro são associados.
A defesa de Adélio vai protocolar, nesta segunda-feira (10), um pedido de incidente de insanidade mental. Se for aceito pela Justiça, ele será submetido a exames psiquiátricos. Os advogados afirmam que ele relatou ter usado remédios controlados, com finalidade psiquiátrica, de forma contínua. Além disso, ainda conforme os advogados, Adélio passou por tratamento psiquiátrico ambulatorial, sem internação.
Na audiência de custódia, na sexta-feira (7), Adélio afirmou que agiu sozinho, por conta própria e em cumprimento a uma “ordem de Deus para tirar a vida de Bolsonaro”. “Embora ele se apresente como evangélico, na verdade não é nada disso”, afirmou o agressor em relação ao candidato. O agressor afirmou ainda ser de “esquerda moderada” e Bolsonaro, “de extrema direita”. “Bolsonaro defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discordo radicalmente”, disse na audiência.
Já familiares de Adélio afirmaram que ele passava dias inteiros trancados em um quarto escuro, e que tinha hábitos anormais. Até aqui, a polícia não vê indícios de participação de partidos políticos no atentado.
O general Mourão foi um dos primeiros políticos a chegar no ato e discursou pouco antes de Flávio. Mas seu tom foi de campanha.
“Nós que somos brasileiros patriotas e não somos covardes, que respeitamos a nossa bandeira e queremos viver sob ordem e com progresso no próximo 7 de outubro vamos vencer essa eleição e iniciar a mudança no nosso Brasil”, disse Mourão.
Os dirigentes do PSL e os outros filhos de Bolsonaro não estiveram presentes ao ato.
São Paulo
Em São Paulo, cerca de 500 pessoas convocadas pelo grupo Direita São Paulo e pelo PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, se reuniram em frente ao prédio da TV Gazeta, onde aconteceu na noite deste domingo (9) o terceiro debate entre candidatos à Presidência. Por volta das 14h30min, simpatizantes discursaram, rezaram um Pai Nosso e bradaram gritos como “força Bolsonaro”, “mito”, e “um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos Bolsonaro presidente do Brasil”.
De camisetas com estampas “Melhor Jair se acostumando” e “Bolsonaro presidente”, os simpatizantes deram a volta na quadra entoando os gritos de apoio. Bandeiras do Brasil e até uma de Israel eram carregadas junto a cartazes e até uma réplica inflável miniatura do ex-capitão do Exército. Na calçada, opositores reagiam com reprovação: “gente burra”, disse um. Não houve tumulto.
Brasília
Manifestantes fizeram uma passeata em Brasília na manhã deste domingo em apoio a Bolsonaro. Usando camisetas com o rosto de Bolsonaro, empunhando bandeiras do Brasil e uma faixa com os dizeres “Bolsonaro, é melhor Jair se recuperando, o Brasil precisa de você”, cerca de 800 pessoas participaram do ato, segundo estimativas da Polícia Militar do Distrito Federal.
A passeata em Brasília contou com a participação do general Augusto Heleno, um dos principais articuladores da campanha de Bolsonaro e que chegou a ser cotado para ser seu vice. Com um megafone na mão, o general conduzia o grupo puxando palavras de ordem como “Um, dois, três, quatro, cinco mil queremos Bolsonaro presidente do Brasil”.