Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2015
A pesquisa Vitimização e Risco entre Profissionais do Sistema de Segurança Pública, feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, apontou que 16,4% dos policiais já foram diagnosticados com algum distúrbio psicológico.
“É um número muito alto. E como as corporações enfrentam isso? Basta ver as estruturas de atendimento. Quando muito, se existem, estão só nas capitais ou regiões metropolitanas. Isso sem contar o preconceito dentro das corporações quando um profissional procura um psicólogo. E esse percentual diz respeito apenas aos diagnosticados. Ou seja, o contingente, provavelmente, deve ser muito maior”, declarou a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.
De acordo com a pesquisa, 86,5% dos ouvidos são homens, 56,4% têm de 25 anos a 40 anos e 44,1% trabalham em capitais. Além disso, 43,7% se declaram brancos, 9%, negros, e 44,7%, pardos.
Colegas assassinados
Dois em cada três policiais do País dizem que já tiveram colegas próximos vítimas de homicídio fora de serviço, segundo o estudo.
O percentual de policiais que tiveram colegas mortos fora do expediente (68,4%) é maior, inclusive, que o de profissionais que disseram ter perdido um colega assassinado em serviço (60,6%).
Ainda conforme o estudo, 74,7% dos agentes de segurança no Brasil disseram ter sofrido ameaças durante o combate ou a investigação de crimes; mais da metade (51,4%) relatou ter sofrido ameaças também fora do serviço. (AG)