Terça-feira, 24 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma das primeiras mudanças na estrutura de poder do novo governo federal será abrir espaços à nomeação de técnicos para as 11 agências reguladoras. Atualmente, 60 por cento das 52 diretorias estão preenchidas por indicações políticas. A ordem é barrar a tentativa de apadrinhamento no tradicional toma-lá-dá-cá entre parlamentares e governo.
Objeto da ganância
As 11 Agências Nacionais de Regulação possuem 14 mil servidores, mais 3 mil comissionados que despertam a cobiça. O campeão de designações é o presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Enfim
Com a escolha de técnicos para a Agência Nacional de Transportes Terrestres, é bem provável que a autoestrada Porto Alegre-Osório deixe a situação de abandono em que está.
Assim não dá
A confusão entre administração pública e interesses partidários serve apenas para cavar valas de clientelismo e corrupção. As duas circunstâncias tornam-se obstáculos intransponíveis à confiança que faz nascer o crescimento econômico.
Contrastes inadmissíveis
A nação está cansada das nomeações descabidas nas empresas estatais, do inchaço da máquina pública, do aumento acintoso de despesas, de super e hiper-salários, de privilégios e da burocracia corrosiva. É um conjunto de situações que se choca com a extrema pobreza e a criticada qualidade dos serviços públicos.
Titular por um mês
Com a nomeação do deputado estadual Juvir Costella para a Secretaria dos Transportes, Maria Helena Sartori assumirá sua vaga na Assembleia Legislativa até 31 de janeiro.
Fugindo do rotineiro
Se a escolha recair sobre Valdir Bonatto, pela primeira vez a Secretaria da Educação terá um empresário e dono de escolas no comando. O ex-prefeito de Viamão é professor e bem sucedido na área do empreendedorismo.
Do outro lado da fronteira
Não é só no Rio Grande do Sul. O futuro governo de Santa Catarina também está atrasado no anúncio de secretários. A diferença é que o eleito Carlos Moisés da Silva nunca exerceu cargo eletivo e enfrenta dificuldades para definir.
Socorros de sempre
No balanço do ano, o governo do Estado alega que o déficit diminuiu porque houve saques de 5 bilhões e 700 milhões de reais dos depósitos judiciais e obtenção de 2 bilhões e 600 milhões via empréstimos, feitos na gestão passada. Nada a comemorar.
Ouvir, quem sabe…
Se for feita uma pesquisa no Senado e na Câmara dos Deputados, o resultado mostrará que poucos conhecem sobre a real necessidade da reforma tributária. Deveriam, então, ter a humildade de promover um amplo levantamento entre empresários, juristas, economistas, profissionais de contabilidade, produtores e lideranças de categorias para que se manifestem quanto à legislação de tributos. As conclusões encaminharão a mudanças com urgência.
O retrato é este
Sistema complicado, guerra fiscal, bitributação, má interpretação das normas, confusas ou mal aplicadas, regimes especiais e renúncias de arrecadação são temas que se arrastam há muitos anos e só provocam prejuízos.
Sem saída
Quando o Executivo entregou à Assembleia Legislativa o orçamento de 2016, a previsão de déficit era de 4 bilhões e 600 milhões de reais. Em 2017, caiu para 3 bilhões. Em 2018, saltou para 6 bilhões e 800 milhões. Para 2019, não ficará abaixo de 7 bilhões e 400 milhões.
Diferenças
O Brasil tem 2 mil e 450 instituições de ensino superior. O Japão atinge 6 mil. Outra diferença é que os estudantes japoneses precisam prestar exames extremamente difíceis para entrar em uma universidade. Por aqui, o que dizer do que chamam processo seletivo?
A dúvida
Os motoristas que deixam de pagar o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) têm apenas uma pergunta: para onde vai mesmo esse dinheiro?
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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