Quinta-feira, 02 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Caiu como uma ducha de água fria no MDB gaúcho a notícia vinda de Brasília, dando conta da mudança em breve no regimento do diretório. A manobra permitirá que um governador possa se eleger presidente nacional da sigla. Com isso, murchou a campanha que estava sendo preparada tendo o ex-governador José Ivo Sartori como cabeça de chapa.
Agarrados ao poder
Com a alteração do regimento, três governadores concorrerão à presidência: Renan Filho, de Alagoas; Helder Barbalho, filho de Jader; e Ibaneis Rocha, do Distrito Federal.
Resumindo: trocarão os nomes, mas o MDB continuará sendo comandado pelo mesmo time que tem acumulado uma ficha bastante conhecida.
Sem margem
Há deputados de primeiro mandato entusiasmados e com a esperança de intervir na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020. Enganam-se. O projeto chegou na Assembleia Legislativa como um prato pronto. Será olhar e abrir a boca só para digerir.
Aproveitando a chegada do frio
Governadores de Estados do Sul e do Sudeste reúnem-se hoje em Gramado. Com raras exceções, os eventos não passam de confraternizações, degustações de produtos da região e registros em colunas sociais.
A última vez em que encontros dessa natureza mostraram resultados efetivos foi no período entre 1983 e 1986. Os governadores eram Jair Soares, Esperidião Amin e José Richa. Em sintonia, sabiam dar andamento a pautas e reivindicações.
Gostam de discursos
A Câmara dos Deputados fará, às 11h de terça-feira, sessão solene para homenagear o Dia Livre de Impostos. Poderia ir bem adiante, deixando a oratória de lado. Ao longo de décadas, não se viu iniciativa do Legislativo no sentido de aliviar a carga tributária que morde o bolso e oferece serviços públicos daquele jeito…
Há 20 anos
A 25 de maio de 1999, a divulgação de fitas sobre os bastidores das privatizações de empresas mobilizou aliados do Palácio do Planalto. A operação pretendia abafar a iniciativa da oposição de abrir processo de impeachment contra o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Vai apoiar
Jair Bolsonaro irá a Buenos Aires no dia 6 de junho e os argentinos acompanham com atenção suas declarações. Pela segunda vez em oito dias, o presidente demonstrou preocupação com a ascensão de Cristina Kirchner nas pesquisas e criticou seu “viés ideológico”.
O presidente Mauricio Macri, que concorrerá à reeleição em outubro, acredita que a visita de Bolsonaro vai reforçar sua campanha.
Só com calmantes
Episódio 1: o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou ontem deixar o cargo se a reforma da Previdência não for aprovada pelo Congresso Nacional.
Episódio 2: o presidente Bolsonaro disse que “ninguém é obrigado a continuar como ministro meu.”
Episódio 3: pouco depois, diante da repercussão, Bolsonaro recuou, declarando que “o casamento com Guedes está mais forte do que nunca”.
Além da oposição, a indústria farmacêutica também quer que a discussão continue. Entre empresários e investidores do mercado financeiro, a venda de calmantes aumentou.
Perto do abismo
Sem a aprovação da reforma da Previdência Social, o déficit e o pagamento de juros continuarão crescendo. As saídas são amargas: aumentar impostos ou tomar mais dinheiro emprestado.
A dívida pública no País hoje se aproxima de 80 por cento do Produto Interno Bruto. A conta de juros este ano passará de 400 bilhões de reais. O governo ainda corre o risco de imprimir dinheiro e deixar rolar a inflação.
Faixa do bom gosto
Agentes de viagens se alvoroçaram ao saber que o ministro Guedes pretende fazer as malas. Sabendo que tem preferência por Paris, ligaram para sua secretária, oferecendo o Grand Hotel Du Plais Royal, L’Hotel Du Collectionneus Arc de Triomphe e Marignon Champs-Elysées.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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